quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Rabisco de Sol

Eu não sei o que vi aqui
Eu não sei prá onde ir
Eu não sei por que moro ali
Eu não sei por que estou

Eu não sei prá onde a gente vai
Andando pelo mundo
Eu não sei prá onde o mundo vai
Nesse breu vou sem rumo

Só sei que o mundo vai de lá prá cá
Andando por ali, por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem.

Cada um sabe dos gostos que tem
Suas escolhas suas flores, seus jardins
De que adianta a espera de alguem
O mundo todo reside dentro em mim

Cada um pode com a força que tem
Na leveza e na doçura de ser feliz!



* * * * * * * 
Então amanheci hoje com o amargo ainda na Boca.  Era bem cedo, como sempre. Mais cedo ainda... do que de costume...  E ainda era silêncio aquilo que preenchia o peito.
Era Silêncio dentro de mim!
Não era punição... não queria ser indiferente... mas parecia impossível, 


A Total falta de respeito. De amor próprio. De Abuso.
E mais uma série de palavras que caberia bem aqui.. hoje.. Mas quer saber. 
Não importa.
Não é Nada!


Nunca Invadi Espaços na Vida.  Nunca impus minha presença garganta abaixo. 
Sou muito Delicada para isto. .. 
Mas minha paciência é testada todos os dias! Minha tolerância.. e todo o resto.


E agora no fim do dia.. a musiquinha da Vanessa da Mata, repetindo e repetindo, resolvi colocar aqui... vi o novo texto da Amiga.. e era tão lindo.. Tão perfeito.. resolvi dividir aqui também... 
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Para C. B. que me contou uma história que dói.

Porque eu tenho pesadelos que parecem tão reais até quando você me abraça. E eu acordo triste, e brigo de verdade e passo o dia grave e dolorida como quando a gente leva um tombo no piso liso...que é só o passado. É como se eu sentisse um ciúme horroroso do meu livro predileto comprado em sebo, a dedicatória apaixonada que não é a minha, os resquícios do manuseio de outras mãos. Alguém corrompeu o trecho que eu mais gostava quando grifou à caneta algo que não pude apagar com borracha e que era tão secretamente meu. Desenhou corações onde só havia minha dor e eu discordei da interpretação alheia. E achei aquilo tudo de uma crueldade atroz. Mas permaneci com o livro no colo, cheia de um afeto confuso por ele: afeto pelo que era, angústia por já ter sido de outro alguém, e aquela sensação (imbecil) de falta de exclusividade. Eu que sempre achei que tudo é e está para o mundo.Perdoa o meu senso de autoimportância, já que não consigo perdoar o meu egoísmo.Eu sei que em alguns presentes, no embrulho, laços do passado são aproveitados. Eu só queria que eles não fossem tão vermelhos: desses que doem nos olhos e no coração.
*
*
Marla de Queiroz






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