sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Respirando Jardim...


Não! Não estou sozinha.
Acendo uma vela e ilumino...  faço minha oração e Elevo o coração... 
Enquanto caminho rumo ao pôr do sol... 

É a viraçao do dia.. o meu momento esperado... o Coração SUspira....
Ligo meu espírito aos de tantos... mesmo longe... somos uma só voz.. uma só Lâmpada para os Pés...
Uma oração.

E assim Deus vêm ... Atraímos sua presença.. com Mirra suave... 
PErfume de Jasmin... 
Agradeço porque sou AMada. 
E sou Encontrada todos os dias... não importa o quão perdida eu esteja.

Agradeço o Amor, a família... a Canção que nunca sai do peito.. 
Nunca abandona meus lábios... e claro.. .
Vou dançando... todos os dias.. por onde ando... assim que acordo.. quando meus pés tocam o chão.
Por cada segundo, por sabem com exatidão Quem SOu.

Não me assusto mais com o Desespero de uns... 
a FOrma Insistente que isto se REpete.
Enterneço o Coração e sinto PEna.
Assopro uma folhinha... deixo deslizar e cortar o vento... 
A Liberto!!! 
Vai!!! SEgue teu caminho!!! SEgue em PAz!!! 
Encontra a vida Tua !!! e SEja feliz... Que sua FElicidade seja Honesta... 
E seus passos Indolor.

REspiro a manhã fresca.
vou andando... sorrindo... Girando.. girando... 
Sinto a falta do Senhor de Suspensórios e o seu jornal. .. faço uma pausa... _ QUe esteja Tudo bem!
E Do Café com a PRima Linda e Querida...
...que Ainda não saiu da AGenda... 

MAS entendo que a vida é mesmo esta.. corrida... APressada... 
ESTa cidade faz isto com as pessoas... ela as arrasta... nunca se dorme... 
E tantas vezes eu me surpreendo nela... pensando, com saudades... de coisas tão pequenas... de detalhes meus.
Suspiro... com a certeza de que todas estas coisas me alcançarão Onde EU Estiver... quando for a hora certa.
QUando a Lua estiver... (((( Brincadeira... com a Amiga)) rsrss))

No fim do dia, encontro meu amor... e seguimos pra casa do casal Amigo.rs
Café da tarde para  Matar a  saudades ... para rir um pouquinho....
REvemos amigos queridos a noite passada... E conhecemos Dalila!!!
Gatinha nova de ROgério Camilo... Linda.

VOltamos pra casa... e terminamos a noite com um filme... 
No banho me esqueço... e me pego pensando... 

Há tantos prazeres buscando
um espírito que lhes dê repouso
que eu às vezes busco na escrita
um simples momento de pouso

Mas a escrita é muito ampla

quer prazer e até desconsolo
há tantas flores no campo
que mal lhes vemos o miolo

Meu íntimo é um remo expulsando

de sua frente os empecilhos
talvez eu palmilhe grandes trigais
da ida talvez eu guarde
a ânsia de mil andarilhos
Todos nós somos iguais

Meu espírito clama por sossego

Quero ser feliz, viver em paz
numa roda de amigos, ver minha família
na minha família, só ter amigos
quero palmilhar pelas ruas e travessias
plantar em meu jardim uma simples tília
e esquecer, outras flores até desconheço

Minha pessoa é um enigma indecifrável

e eu tento me entender todos os dias
e a cada dia torno-me mais confusa
a sensibilidade é uma arma poderosa
manipula nossas palavras
perde-se e anda perdida dentro de nós
se nós a usamos, mais ela nos usa
e de tanto nos usar – de nós até abusa!

Um dia, chegarei a me entender
Quem sabe?
Até lá... sigo meu caminho...
CElebrando Manhãs... 
derramo poesia.
************
PeRFEIto
">

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Pra Espantar DE vEz o MAU OLhado....

....
        ........   .......... .........
ACordei bem cedo... fui até a sala abri a janela.. deixei aquela primeira brisa do dia entrar...
Pra renovar a energia.... pra movimentar a vida.....
Purificar.
... Carinho nos gatinhos.... todos os dias.... o primeiro carinho é meu. Mando um afago encontrar a Nini.
E Perfumo o apartamento com café.
Acordei sem fome...
...lá fora cai uma garoa fina...
E eu sei porque.
VOlto pro quarto, levo o café da manhã pra ele.que me abraça com carinho e eu volto a dormir... Calma e segura, bem perto...
E lá fora a chuvinha vai tomando corpo...
....
A hora grita!
Levanta com pressa... calça, camisa branca. ( nunca erra)... colar de pérolas ( porque por maior que seja a pressa, eu sou feminina mesmo! )... salto alto, bem alto.... Coque bailarina.
BEijo de  BOm DIa-Bom trabalho- Vai com Deus !

APerto o passo por causa da garoa...
ESqueci minha maça verde!!!!
Hm.. e acelero.
Vou pensando pelo caminho.. que engraçado... vesti branco a semana inteira. Sem querer.
E a Ana sabe, que usar pérolas pra mim tem um significado!!!!

O EScudo de DAvi pendurado no peito!!! ME protege!!!!
O TEMPo todo.
Passo a mão pelo dedo indicador... que saudade daquele Anel que ganhei da avó!
Meus pequenos amuletos... meus Emblemas de Princesa !!!!

Não acredito em Mau Olhado.
Acredito em pessoas.. e sei o Quanto o mundo e vez ou outra passa pela vida da gente .... Pessoas Más.
Destas que gostam de ROubar Vidas... de arrancar pedaço de alma...
Que nunca diz pra que veio... se esconde.. espreita...
GEnte ruim existe aos montes... eu sei.

MAs não existe muito o que fazer... pra espantar este tipo de coisa... A única maneira é Amar.
Amar a vida... amar os que são seus... IluminAR
ILUminAR !!!

Atravessar.... TRanspor.... virar a esquina.. e não olhar mesmo pra Trás.
E é assim.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Passagem das HOras!


QUando é só silêncio... e você se encontra nas palavras já ditas.
e dentro do peito é incerto.. é terreno deserto... que te adoece.. 
Então você se apressa.. e coloca toda força que resta no caminhar... 
Pisa o chão com avidez... e voa com o vento.... 
Percorre a cidade pela janela alta.
A cidade que tem pressa... que não pede desculpas... e está sempre de passagem.
Faminta... faminta....  de paisagens.


Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.

(...)

Viajei por mais terras do que aquelas em que toquei...
Vi mais paisagens do que aquelas em que pus os olhos...
Experimentei mais sensações do que todas as sensações que senti,
Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir
E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz.

A certos momentos do dia recordo tudo isto e apavoro-me,
Penso em que é que me ficará desta vida aos bocados, deste auge,
Desta estrada às curvas, deste automóvel à beira da estrada, deste aviso,
Desta turbulência tranqüila de sensações desencontradas,
Desta transfusão, desta insubsistência, desta convergência iriada,
Deste desassossego no fundo de todos os cálices,
Desta angústia no fundo de todos os prazeres,

(...)

Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência,
Consangüinidade com o mistério das coisas, choque
Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos,
Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz.

Seja o que for, era melhor não ter nascido,
Porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
Para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
E ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
Entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
E tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
Com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.

(...)

Correram o bobo a chicote do palácio, sem razão,
Fizeram o mendigo levantar-se do degrau onde caíra.
Bateram na criança abandonada e tiraram-lhe o pão das mãos.
Oh mágoa imensa do mundo, o que falta é agir...
Tão decadente, tão decadente, tão decadente...
Só estou bem quando ouço música, e nem então.
Jardins do século dezoito antes de 89,
Onde estais vós, que eu quero chorar de qualquer maneira?

Como um bálsamo que não consola senão pela idéia de que é um bálsamo,
A tarde de hoje e de todos os dias pouco a pouco, monótona, cai.

Acenderam as luzes, cai a noite, a vida substitui-se.
Seja de que maneira for, é preciso continuar a viver.
Arde-me a alma como se fosse uma mão, fisicamente.
Estou no caminho de todos e esbarram comigo.
Minha quinta na província,
Haver menos que um comboio, uma diligência e a decisão de partir entre mim e ti.
Assim fico, fico... Eu sou o que sempre quer partir,
E fica sempre, fica sempre, fica sempre,
Até à morte fica, mesmo que parta, fica, fica, fica...

 Torna-me humano, ó noite, torna-me fraterno e solícito.
Só humanitariamente é que se pode viver.
Só amando os homens, as ações, a banalidade dos trabalhos,
Só assim - ai de mim! -, só assim se pode viver.
Só assim, o noite, e eu nunca poderei ser assim!
Vi todas as coisas, e maravilhei-me de tudo,
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco - não sei qual - e eu sofri.
Vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos,
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odiei como toda gente,
Mas para toda a gente isso foi normal e instintivo,
E para mim foi sempre a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.

(...)

Não sei sentir, não sei ser humano, conviver
De dentro da alma triste com os homens meus irmãos na terra.
Não sei ser útil mesmo sentindo, ser prático, ser quotidiano, nítido,
Ter um lugar na vida, ter um destino entre os homens,
Ter uma obra, uma força, uma vontade, uma horta,
Uma razão para descansar, uma necessidade de me distrair,
Uma cousa vinda diretamente da natureza para mim.

(...)

Sentir tudo de todas as maneiras,
Viver tudo de todos os lados,
Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos
Num só momento difuso, profuso, completo e longínquo.

Eu quero ser sempre aquilo com quem simpatizo,
Eu torno-me sempre, mais tarde ou mais cedo,
Aquilo com quem simpatizo, seja uma pedra ou uma ânsia,
Seja uma flor ou uma idéia abstrata,
Seja uma multidão ou um modo de compreender Deus.
E eu simpatizo com tudo, vivo de tudo em tudo.
São-me simpáticos os homens superiores porque são superiores,
E são-me simpáticos os homens inferiores porque são superiores também,
Porque ser inferior é diferente de ser superior,
E por isso é uma superioridade a certos momentos de visão.
Simpatizo com alguns homens pelas suas qualidades de caráter,
E simpatizo com outros pela sua falta dessas qualidades,
E com outros ainda simpatizo por simpatizar com eles,
E há momentos absolutamente orgânicos em que esses são todos os homens.
Sim, como sou rei absoluto na minha simpatia,
Basta que ela exista para que tenha razão de ser.
Estreito ao meu peito arfante, num abraço comovido,
(No mesmo abraço comovido)
O homem que dá a camisa ao pobre que desconhece,
O soldado que morre pela pátria sem saber o que é pátria,
E o matricida, o fratricida, o incestuoso, o violador de crianças,
O ladrão de estradas, o salteador dos mares,
O gatuno de carteiras, a sombra que espera nas vielas —
Todos são a minha amante predileta pelo menos um momento na vida.

Beijo na boca todas as prostitutas,
Beijo sobre os olhos todos os souteneurs,
A minha passividade jaz aos pés de todos os assassinos
E a minha capa à espanhola esconde a retirada a todos os ladrões.
Tudo é a razão de ser da minha vida.

(...)

Foram dados na minha boca os beijos de todos os encontros,
Acenaram no meu coração os lenços de todas as despedidas,
Todos os chamamentos obscenos de gesto e olhares
Batem-me em cheio em todo o corpo com sede nos centros sexuais.
Fui todos os ascetas, todos os postos-de-parte, todos os como que esquecidos,
E todos os pederastas - absolutamente todos (não faltou nenhum).
Rendez-vous a vermelho e negro no fundo-inferno da minha alma!

(Freddie, eu chamava-te Baby, porque tu eras louro, branco e eu amava-te,
Quantas imperatrizes por reinar e princesas destronadas tu foste para mim!)
Mary, com quem eu lia Burns em dias tristes como sentir-se viver,
Mary, mal tu sabes quantos casais honestos, quantas famílias felizes,
Viveram em ti os meus olhos e o meu braço cingido e a minha consciência incerta,
A sua vida pacata, as suas casas suburbanas com jardim,
Os seus half-holidays inesperados...
Mary, eu sou infeliz...
Freddie, eu sou infeliz...
Oh, vós todos, todos vós, casuais, demorados,
Quantas vezes tereis pensado em pensar em mim, sem que o fizésseis,
Ah, quão pouco eu fui no que sois, quão pouco, quão pouco —
Sim, e o que tenho eu sido, o meu subjetivo universo,
Ó meu sol, meu luar, minhas estrelas, meu momento,
Ó parte externa de mim perdida em labirintos de Deus!

(...)

Fui para a cama com todos os sentimentos,
Fui souteneur de todas ás emoções,
Pagaram-me bebidas todos os acasos das sensações,
Troquei olhares com todos os motivos de agir,
Estive mão em mão com todos os impulsos para partir,
Febre imensa das horas!
Angústia da forja das emoções!
Raiva, espuma, a imensidão que não cabe no meu lenço,
A cadela a uivar de noite,
O tanque da quinta a passear à roda da minha insônia,
O bosque como foi à tarde, quando lá passeamos, a rosa,
A madeixa indiferente, o musgo, os pinheiros,
Toda a raiva de não conter isto tudo, de não deter isto tudo,
Ó fome abstrata das coisas, cio impotente dos momentos,
Orgia intelectual de sentir a vida!

(...)

Sentir tudo de todas as maneiras,
Ter todas as opiniões,
Ser sincero contradizendo-se a cada minuto,
Desagradar a si próprio pela plena liberalidade de espírito,
E amar as coisas como Deus.

Eu, que sou mais irmão de uma árvore que de um operário,
Eu, que sinto mais a dor suposta do mar ao bater na praia
Que a dor real das crianças em quem batem
(Ah, como isto deve ser falso, pobres crianças em quem batem —
E por que é que as minhas sensações se revezam tão depressa?)
Eu, enfim, que sou um diálogo continuo,
Um falar-alto incompreensível, alta-noite na torre,
Quando os sinos oscilam vagamente sem que mão lhes toque
E faz pena saber que há vida que viver amanhã.

(...)

Eu, tudo isto, e além disto o resto do mundo...(...)
Eu, a infelicidade-nata de todas as expressões,
A impossibilidade de exprimir todos os sentimentos,(...)
E o que parece não querer dizer nada sempre quer dizer qualquer cousa...
Sim, eu, o engenheiro naval que sou supersticioso como uma camponesa madrinha,
E uso monóculo para não parecer igual à idéia real que faço de mim,
Que levo às vezes três horas a vestir-me e nem por isso acho isso natural,
Mas acho-o metafísico e se me batem à porta zango-me,
Não tanto por me interromperem a gravata como por ficar sabendo que há a vida...(...)
Caem as folhas secas no chão irregularmente,
Mas o fato é que sempre é outono no outono,
E o inverno vem depois fatalmente,
há só um caminho para a vida, que é a vida...

(...)

Esse velho insignificante, mas que ainda conheceu os românticos,
Esse opúsculo político do tempo das revoluções constitucionais,
E a dor que tudo isso deixa, sem que se saiba a razão
Nem haja para chorar tudo mais razão que senti-lo.

Viro todos os dias todas as esquinas de todas as ruas,
E sempre que estou pensando numa coisa, estou pensando noutra.
Não me subordino senão por atavisnio,
E há sempre razões para emigrar para quem não está de cama.

(...)

Fui educado pela Imaginação,
Viajei pela mão dela sempre,
Amei, odiei, falei, pensei sempre por isso,
E todos os dias têm essa janela por diante,
E todas as horas parecem minhas dessa maneira.

(...)

Raiva panteísta de sentir em mim formidandamente,
Com todos os meus sentidos em ebulição, com todos os meus poros em fumo,
Que tudo é uma só velocidade, uma só energia, uma só divina linha
De si para si, parada a ciciar violências de velocidade louca...
(...)"








segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

na Iminência de....

AInda nesta crise "beatlemaníaca" louca.
Mas não é estranho... cresci ouvindo tudo isto com meu pai... Nas viagens, nos passeios pela manhã...
E faz sentido que tudo isto tenha haver na verdade com a Saudade dele.
Do que me remete estas músicas... da infância prateada....
Claro... misturado agora.. comigo.
ESte ano nasceu com muitas vozes dentro de mim.

COm muitos sons.
E tenho preenchido o coração de doce canção... por onde eu vou,
É verdade, o meu colar ganhou uma pérola negra ( rs__ Lê! só vc mesma!).
SE eu não estivesse com tanta dor... teria colocado mais força no abraço!!!! Hoje pela manhã.
Desculpa!!!

Sabe aquela sensação de estar prestes a descobrir um grande segredo... ou realizar um grande feito!!!
Sabe?
COmo se estivesse prestes à EScrever meu melhor poema... Seu grande ato...
Ou como se as palavras e melodias.. dançassem todas dentro de você.... misturadas..... e hora ou outra... você sabe que consegue ordenar tudo graciosamente.... com clareza.
... é quase isto que sinto.
TEnho tanto tanto à dizer...

A vida mudou.
Os dias... as horas... Eu preciso fazer silêncio... dentro de mim...
Para ouvir...
PReciso acalmar esta ventania ...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

qUem me CoMPRa um JArdim com Flores???????

Em um sonho azul então encontrada... havia nela algo de pássaro.
Já dissera isto antes.
Era sua casa toda limpa, perfumada. Aquele frescor de manhãs,
e manhãs de primavera.... passarinhos na janela..ausência de nuvens...
Suas pedras, suas velas... as fotos na sala... os quadros no escritório.
Gostava de andar pela casa... assim quando amanhecia ...
Amadurecia o texto... enquanto calava a vida...
Parava a cidade... fazia chover... se entristecia...

REsolveu cortar o cabelo... se pôs a esperar que a cidade despertasse.... BEijou sua gata.... pegou sua  bolsa azul turquesa... e saiu.
DIrigia pela cidade bem devagar... as mesmas pessoas, os mesmos lugares...  nada mais fazia sentido...
ERgueu os ombros endireitou a coluna... Postura.

Como andava impaciente. Como andava cansado seu coração ...
CAnsadas de pessoas afetadas... cansada de banalidades...

Fechava os punhos mas escapava entre seus dedos.
Aquela areia fina.. sua vida ...
Respirou bem fundo e resolveu aceitar. Mais uma vez precisou corrigir a própria postura.
Suas vidas agora eram distintas.
Perdera sua grande amiga.... seu coração... mas o que mais podia fazer.

Restava agora decidir qual estrada seguiria... para onde....
Para onde iria??
Desgarrava do tempo.
SENtada diante do espelho, perdida entre tantas vozes, sorria.
Era educada... era querida.
Mas vagava errante naquela imensidão de caminhos... perdida dentro dela.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

IT hAs Been HurTing SO LonG....

ACordei com um texto meu antigo na cabeça... AS palavras, suas pausas, a disposição do texto.
E talvez porque ainda faz tanto sentido ... em mim e para mim... 
TIve uma surpresa especial... quando reli meu texto... as palavras lindas dela. 
DE poesia pra poesia. 
DA amiga que se encontrou um pouco também no que escrevo... 
Engraçado como a vida nos dá presentes... e de um jeito inesperado.. você percebe que não está sozinha.

Aqueceu meu coração esta manhã. 
Coração que anda vazio de sentidos... e um tanto doloridos de esperas, perdas e saudades.
O mesmo coração que apesar de tudo , Ama e ama por inteiro. 
Cada parte.

Assim decidiu. 
Assim o fez.

Escolheu amar e amar até o fim aqueles que eram seus!
EStendia a mão com generosidade abnegada. 
Andava distraída. 
Preocupada. PArecia perdida.
Ao menos sabia que estava salva daqueles encontros abruptos entre as idas e vindas do seu caminho.
E teve a certeza que tudo isto acontecera depois que ela limpou toda poeira. Desfez o encanto. DE alguma forma libertou aquela vida da vida deles. 
E  FInalmente SEguia... 

Do alto da sua janela aquela manhã, 
Aquela linda manhã de verão. 
O vento trouxe todas aquelas palavras antigas para me despertar.
E assim bem cedo abri os olhos. 
ecoando... sussurando vento.... Ecoando despedidas... 
Dizendo do tempo.... 

... onde quer que eu vá.... onde quer que eu esteja... .. e tão tão distante pareça....
eis o segredo do segredo....
que mantem as estrelas presas, e o mar seguro....
A verdade da verdade.... que mantem a terra e a lua em lugar seguro...
o equilibrio do equilíbrio...
tão longe eu vá.... e além....
carrego seu coração no meu coração.
********

ALê... precisava dizer... só vi hoje seu recado neste texto.. e só hoje suas palavras me alcançaram...com tanta doçura... tanta poesia.
Justo hoje.. 
Alê disse:: "E em tudo existe
... Algo de triste

Mas por aqui, na sua poesia sem aquele nome, tudo o que se vê é belo.
E a beleza veste o algo de triste.
É dança e poesia num espetáculo de amor. A oração das palavras.
As suas palavras.
Linda! Lindas...
Beijo!"

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

LEt it GO

APertava o peito!
Apertava... sabia que enquanto calava... não conseguiria dormir...
..mais uma noite...
Perdera a fome por completo.
E estava por um tempo ressentida com o espelho.
BRiga antiga deles.
Só não era capaz de entender estas idas e vindas ... todas estas voltas... de sua vida.
Quando foi que perdera este dom tão precioso... e porque não lhe deu valor antes de sentir realmente que faltava?
Porque que tudo na vida tem que ser assim???
__TOdo dia.. Um Solavanco... todo dia.. um tranco.
Porquê?!?!?

ERam tantos tantos porques dentro dela, que claro, não poderia dormir...
nem comer...
Precisava falar.
Precisava Dizer!!!

Ahhhh fez chover mais uma vez!!!
ANdou pela tarde mais fresca... tentando encontrar sentido... qualquer que fosse... nela mesma... na vida que levava.
MAs quanto mais pensava.. mais acreditava... que nesta vida, não era o bem de ninguém.
Que era só.
E que não lhe restava mesmo direito de sonhar sem que isto lhe fizesse sentir menos inteligente.
Foi quando parou pra atravessar a rua.... e não percebeu que o carro lhe alcançava...
FIcou ali ... o coração na mão... talvez não de susto... mas ansioso... Será????????
Então é isto!?????

E claro, não foi.
SEntiu como se Não pertencesse mesmo a lugar algum mais... a cidade alguma...
Quase esquecia dos sonhos de menina... ouviu de longe o som do violão dedilhado... um senhor todo machucado de vida, sentado na calçada... de posse apenas daquele violão, romanceou, tocava concentrado.
Qual era diferença entre eles??? Naquele instante???
Nenhuma... nenhuma.. nenhuma - pensou!

Sentiu tão pequeno o coração.
E as mãos... tão pequenas...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

NoThIng wOuLd BE WhAt it Is

SOpro, Sonhos, Silêncios!!!
Alma doce, aspirando Flor!
A PAz mais Potente que o pranto... 


Entre um gole e outro de chá! 
Perco um tempo desenhando a fumaça que sobe da xícara e não se esvai.
E eu esqueço o que não deveria esquecer... deixo passar... afasto ....
No contra fluxo da cidade... ficamos seguros, reclusos... foi bom.
Me fez pensar .. 
Ainda é SIlêncio que SOpra aqui dentro... ainda é segredo... ainda é melodia incerta...
TOmo um banho fresco.. coloco uma flor no cabelo... e esqueço... deixo as pernas pro ar... 
O SOl lá fora, asfixia a cidade...



A necessidade nos acossa como acusação de impotência:
Você pode ou não falar mais alto,
Provar que está presente?
O que você precisa encontrar para dizer,
Para passar o saber que você existe
À revelia dos crentes ou descrentes
Da nossa espécie em cada um,

Você pode chegar junto ao chegar perto deles
E deixar o assunto de aceitação  Suspenso entre sua oferta
E seu destino com eles no tempo
Ou você pode convidar ouvintes,
Sem esperar por eles ─
Fazendo do que você acha para dizer
Um testemunho de si, se ausente de ouvintes.
(Assim o poema se constrói:
Para ser entregue numa distância curta.
Mesmo sem platéia, fala.)

A realidade num poema é inextensível.
Abrange a vontade de falar mais alto,
Mas, se presume incluir 


A vontade visitante de ouvir o que é dito,
Finge ser uma  Presença além da sua mesma.

o que mais pode ser feito?
Não falamos mais um com o outro?
Pomos palavras no ar e no papel
Que viajam entre nós como se o real,
Sob a proteção do tempo,
Com nem tudo perdido entre uma e outra,
Estas, aquelas e suas outras,
Ou perdidas de uma vez?



Se construiria para todo mundo,
Ou para ninguém, contendo em si sua força viajante,
Sem precisar de uma graça de tempo para resgatá-Io
De uma perda total.
Ou eu falaria, escreveria, assim,
Esforçando-me para construir, quero dizer,
Algo ligando nossos entendimentos
Numa realidade de palavras, de eus, de outros,
Mais dizível, mais penetrável, habitável, aberta.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

TiphareTh - BelEza!


 Tiphareth é a Beleza, o resultado perceptível à consciência humana da harmonia da criação sendo a graciosidade da arte. A sephiroth onde o ser humano percebe-se verdadeiramente único, equilibrado em sua imperfeição, onde a imagem de uma imagem do universo mostra-se cercada pelo cosmos.
 A sua proporção revela-se inexata e, graças a isso, a redenção do iniciado se expressa na negação da obra do Arquiteto, a putrefação das paredes do templo.
Um inverso da imagem no Reino da Virgem apresenta-se aqui um fator de equilíbrio espiritual onde a sua vivência garante a harmonia na subida do caminho ondulado da serpente, a imagem velada do messias que se crucificou e renasceu na carne.
Títulos: Beleza. 
Arcanjo: Rafael.
Símbolos: A Rosa-cruz. A cruz do Calvário.  Iacchus como o Sagrado Anjo Guardião. Jesus Cristo. 
Virtude: Devoção à Grande Obra.
Vício: Orgulho.Experiência Espiritual: Visão da Harmonia das Coisas. Os Mistérios da crucificação.
Animais:  A Fênix. Leão como o típico animal solar. Pelicano.
Plantas: A acácia por ser um símbolo de ressurreição na maçonaria.O carvalho, pois é a árvore dos druidas, a representante do sol no reino vegetal. O freixo, sendo desta espécie Yggdrasil, a árvore onde Odin se pendurou para obter o conhecimento das coisas.
Pedra: Topázio por sua cor dourada.
***************************************************************
Ontem eu estava conversando com uma amiga sobre a Cabala. EU não sou uma pessoa mística... mas conversando com ela.. sobre estes dias.. sobre o que sentia, vivia. 
Ela calma.. disse... Gabi.. quando a Lua estiver em Aquário tudo isto vai mudar. 
Deixa eu ver qual é o seu Sephiroth da CAbala.

ELa disse coisas muito reais sobre mim. E eu fiquei pensando. 
Sem saber se acreditava ou não.. CLaro, precisava pensar com mais cautela, absorver o que servia e descartar o resto. 
MAs achei interessante. 
E ela chamou minha atenção pra este Detalhe, BELEZA.
O Centro da árvore da Vida.
 E estas crises  todas existenciais que tenho.. . ESta coisa que atrai sempre gente MALUCA , Invejosa... ( se eu realmente acreditasse em Inveja!! ...  )
Minha forma de ver a vida e escrever dela... minha busca por intimidade e relacionamento com Deus.

É !! dei o braço a torcer e só ouvi... 
Engraçado. 
Queria escrever sobre isto, sobre este detalhe bobo, e de repente me deparei com uma frase do meu autor predileto dizendo pra mim:
Mas cada homem é apenas ele mesmo é também um ponto único, Singularismo sempre importante e peculiar, no qual os fenômenos do mundo se cruzam daquela Forma UMA só vez e Nunca mais.  Assim a história de cada homem é essencial, eterna e divina, e Cada homem, ao viver alguma parte e cumprir os ditames da Natureza,é algo maravilhoso e digno de TOda atenção. EM cada um dos SEres humanos o Espírito adquiriu forma, em cada um deles a Criatura padece, em CADA QUAl é CRuciFICADA um REdentor.
Me senti única mais uma vez. 
Mais bonita... e porque sentir se bonita é tão importante. 
A BeLEza em todos os sentidos... em toda a sua forma.
Entendi algumas coisas sobre mim.. depois que li e reli algumas vezes tudo isto.
REspirava fundo.. pensava na yoga.. pensava naquela sensação de areia fina e quente embaixo dos meus pés.
Entre um gole e outro de água sem gelo.
E o que eu não daria para poder estar mais uma vez ali.
Eu daria tudo por um só minuto a mais. Um só cuidado a mais. 
Pensava em Benjamin por toda parte ... no coração, nos olhos, nas mãos.


AMava o vento.. e os cuidados dele 
A menina que levava o sol entre os cabelos... flores... flores.. 
E chorava de coração partido.
ERa poesia dentro e fora.
ERa romance e Encontro sempre diante dela.
e só


Cantou a noite inteira com os amigos.. as músicas que falavam quase tudo sobre ela.
AS músicas que ganhara de presente de SEu PAI.




quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Intimidade

.... eu quero ficar contigo, eu quero ser teu amigo...
Quero comer no teu prato,
Calçar os meus pés nos teus sapatos...
E arrastar... E arrastar... ...

... eu quero muito você...
Pegar tuas sandálias e esconder...
Esconder pra você não sair, pois quero estar perto de ti...
Te abraçar..... Te abraçar...

... quero deitar no teu colo...
Te contar tudo, tudo que sei...
Descansar recostado em teu peito, ouvindo o teu coração...
E me acalmar...
Me acalmar...

Eu quero vestir sua camisa...
Com as mangas maiores que meus braços...
Correr pela casa ao teu encontro...
E Me abandonar no teu abraço...

E te abraçar...
Te abraçar... 




quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

AcRoss thE UniVErse

... uma pessoa querida, escreveu hoje coisas lindas.
E depois de um dia daqueles, me senti menos só quando lia sua poesia.
ELa dizia que:: CAnsaço vem do NãO dizER o que SE quer!!....
Achei engraçado quando me achei em poucas linhas ela... não descrita. Mas de alguma forma aquilo me explicava nestes dias.

No caminho de volta pra casa, pensava na conversa rápida com a amiga.
Eu tentando anima-la... dizendo coisas que eu já nem sei se acredito agora.
Pensando bem.. eu ACredito.
COnsigo exercer fé sobre as pessoas. MAs tenho tanto problema em aplicar isto à mim mesma.
COisa antiga.
A terapeuta dizia que eu PRecisava ser mais Abnegada comigo mesma. TEr mais compaixão de mim mesma.
Me Amar.
E não exigir tanto de mim assim.

Eu consigo me doar por inteiro.
Por grandes e pequenas causas... Me APlicar em detalhes pequenos, vesti-los, respira-los ...
Encontrar mistérios que ainda não se pode revelar.... Descrever TEsouros escondidos...
E TEcer conto de fadas... de pessoas simples.
De rotinas diárias.
Tudo isto em torno de Um Só Dia.
Justo Aquele dia. ...
Por isto esta música não sai da cabeça... esta do texto anterior... A day in the LiFe.

Mas este cansaço!
De não dizer o que queria Dizer.
De não ouvir o que Queria Ouvir.
ESta dorzinha insistente...

Ahh é só hoje... logo isto passa.
É que as vezes o coração da gente fica tão dolorido... tão enfraquecido...
São aquelas velhas alianças desfeitas.... a perda de grandes pessoas.... Pessoas Imensas... quase Infinitas.
... pra você um dia...
É seu rosto na fotografia... o espelho que te encara face a face.. olho nos olhos.. Seus olhos.

E TOdas .. todas as suas músicas...
Perdidas... dentro de sabe-se lá quanto de você!!
* *
Só fica a lembrança querida da minha mãe.... eu aos 4 anos, deitada, entrelaçada à suas pernas.... ela Lendo meu Poema Predileto ... Leilão de Jardim....
Quem me compra um RAio de SOl ??????????
Lembro de ter ficado presa nesta frase... por anos e anos... todos os anos seguintes...
E ainda!

TOda !

Seja livre,
Ande comigo
Através dos campos dourados
Tão adoráveis
Adoráveis.
Nós lamentamos nossos
pecados, mas -
Nós tecemos nosso próprio
destino e -
Sob meu rosto eu permaneço
Frágil.

Sob meu rosto, eu sorrio,
Mesmo sozinho/amedrontado
Sob meu rosto eu estarei
Esperando.

Corra comigo agora
corra e

Descanse agora.
E imagine,
Descansando em paz no
final
É adorável, esse lugar
É adorável
Ninguém pode
acreditar ou entender
Como vim de tão longe

Eu deveria estar lá com eles quando o mundo desabou.
Mas agora eles
descansam comigo.

Eu me libertei



">

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Who Wants FLowers...

Confesso que gostei da releitura minha.
Claro... alguns traços mudaram... o corte de cabelo... eu perdi aquelas bochechas ... a testa continua a mesma.
A orelha .. o nariz.

Quem diria que minha segunda amanheceria assim... febril, dolorida.
Mas o Cuidado dele foi como 100 declaraçÕes.
* * *
AInda aquela Sequidão de Rima.
Escasso o texto.. Não a poesia.. mas estou em silêncio comigo.
EStes dias.
Feliz pela mudança. Talvez ela tenha entendido FInalmente.
Talvez não!
Só sei que Silencio pra toda esta provocação infantil e medonha.
Ahh meu tempo é precioso.. nem sei quanto tempo mais vivo ... Não deixo mais espaço aberto para qualquer pessoa.

Nem poderia.
Então..
Agora as pessoas que realmente importam, como magoam como ferem... eu adoeci mais depois daquele dia.
Senti que perdi minha única amiga. Mais que isto.
FAz parte desta nova versão dela. Da sua vida.
Do seu temperamento recém estabelecido.

E eu só tenho Silêncio.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Escassez

Foi então que percebi...
... como andava cansada a minha poesia.
Foi quando começou ventar por dentro...
só então pude ver... COmo andava Árido o meu texto.
Exaurido.

REpetia mil vezes a mesma música, lia o mesmo livro.
Assistia de novo o mesmo filme.
ESta manhã eu quis levantar bem cedo... queria beber cada minuto deste dia.
... que claro Nasceu Todo Azul só pra mim!
Encontraria a amiga para o café na padaria.

Fui ao jardim, falei bom dia.... fazia algum tempo já, evitava ficar muito ali.
Vou abrindo todas as janelas... E deixo a porta aberta.
SUbo as escadas... fico olhando a cama... as listras na parede.
Ahh enjoada desta roupa de cama... pronto... decido...
TRavesseiros novos, lençol, fronha e edredon... é isto.
Levo minha mãe comigo...
VOlto pra casa feliz.

De poder presentear quem amo.. De cuidar das coisas dele... de cuidar da casa.
Eu nasci com esta Síndrome de Cinderella mesmo.
Isto é uma coisa minha.
E assim vou distraindo. Vai correndo o tempo.
Eu ando pela casa.
EStico o corpo na cama de roupa nova... fecho os olhos..
E fico deslizando os pés... enquanto penso em nada!
* * * *

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Arte da Chuva

Por muito que tenha andado, acho que não deixei esta arte de chover que  exercia como um poder terrível e sutil em mim. 
Chovia meses inteiros, anos inteiros. 
A chuva caía em fios como compridas agulhas de vidro que se partiam nos tetos, ou chegavam em ondas transparentes contra as janelas, e cada casa era uma nave que dificilmente chegava ao porto naquele oceano de inverno.
Esta chuva fria de rajadas impulsivas  que cai como um látego e passa deixando o céu azul. 
Pelo contrário, a chuva austral tem paciência e continua sem fim, caindo do céu cinzento.
SOu em duas vias. 


ERa a saudade do pai que lhe amarrava o peito. 
Quando a amiga do trabalho, me puxou de lado perguntando o que eu tinha. _ Gabi não fica assim!!! O que vc tem!????  Vai! passa um batom!SE não vou "dar "na sua cara._
rsrrs


BOm é ter pessoas assim por perto!!! Não consegui segurar... e A  risada saiu com sonoridade RImos as duas !!!! 
__Tá bom Rê! Eu uso um gloss. 
...Fui respirar um pouquinho.
Pronto passou... de batom e sorriso novo. 


Música que embala.
VEnto de Dentro. 
Livre!!! Livre!!! Livre!!!


Pronto. REspirei e tudo deu certo.
O Cuidado com a gatinha.
AInda pensando num bom nome para ela. 
Encontrei a metodologia adequada pro novo projeto. 
A cabeça ainda doe um pouquinho. Mas isto passa.
O céu azul azul.... 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Manhã derramada


Ah não me importo se repito.
Eu me reconheço no traço do que pinto.
Me reconheço no som exato do Vento.
E Me VEjo em todas as minhas palavras.
SEi bem quando são destiladas... quando sirvo de "InspiraçÃo"... 


Claro, não pros amigos... Porque pros queridos e amados... tudo fica um pouco misturado.
Você vai levando poesia e deixando poesia. 
Um pouco deles comigo um pouco de mim com eles.  


SEi que sei de mim... das possibilidades minha... E quer saber, Dou de ombros.
DOu de ombros para o que não Me Vale.
Vou pelo caminho e não vou só. 
Levo comigo um verso pronto. .. Repito repito 
Porque ainda sinto.. 


manhã é céu derramado
é cristal de claridão -
que reinou, de leste a oeste,
de morro a mar - na cidade.

Pois dentro desta manhã
vou caminhando. 
....me leva pela mão.
Não tenho nem faço rumo:
vou no rumo da manhã,


No meu caminho esta manhã ,
encontrei um gatinho. 
E não sosseguei enquanto não ele não estava ao menos num lugar seguro.
Eu sabia da chuva que viria. 
Não sabia que seria tão violenta.
O vento Sorria e sorria. 
A Pitangueira antiga do Pde Chico, inclinava... quase partia.
ERa o toque do trovão e
o SOm da Chuva dentro do meu coração.
Ouvia.


REspirei... respirei... Perdi a hora da Yoga. 
Aproveitei a carona e fui direto pra casa. 
Preocupada se ele chegaria bem em casa. 







terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Floração do DiA.

 E aquele Suave esplendor de pétala de rosa que vertia dela.

Bem o sabia e sentia, parada nas escadarias junto à janela que aberta se estendia. 
Por onde entravam batidas de chuva, barulho de carro.
 Entravam, pensou, sentindo-se como a Brisa, o rumo, a FLoração do dia.
FOra da casa, além da janela. além do seu Corpo.
Exaurida agora.
A vela queimara até a metade.

Adorável quando menina, o tempo era que ela temia.
O tempo...  como num quadrante impassível de pedra.
Como ano após ano, a sua parte diminuía.

O FLuir da vida.
Dilatava o que ainda restava, Absorvia as COres, o sabor , o tom da existência.
E às vezes Sentia, enquanto hesitava parada um momento à entrada da sala, uma estranha sensação, como a que poderia sentir um nadador antes de mergulhar.

Enquanto o mar escurece e Enrosca seus pés... e as ondas que ameaçam rebentar...
... Mas apenas deslizam  à superfície branca... Apagando a carta do Vento.
Envolve a distância , oculta conchas __  Devolvendo-as de novo, INcrustadas de Pérolas. 

Começou a subir lentamente a escada. com a palma no corrimão, como se tivesse deixado uma reunião.
Como se fechado a porta e do lado de fora esperasse.
então
Buscou o ar com avidez aflita.
Era culpa do noticiário horrível.... notícias de pessoas insanas. De maldade absurda. 
De coração Leviano. GEnte capaz de dissimular, invadir... Que se recusa a deixar a vida viver.
Espreita buscando qualquer coisa. TOdos os dias.
AO redor. ao redor.. ao redor.
Tão estranho este comportamento obsessivo. Tão estranho esta coisa abusiva.
É o DeSEspeRO que faz isto.
DESEspero de jamais ter sido. DEsespero de ter passado. 
E o passado morrido.

Mas acredito que  tudo teve que ser assim.Ora, é DEus quem escolhe as pessoas. 
Quem faz a hora.
 REspeite e vá embora.... SIga... Siga pelo caminho mais seguro.. pela estrada mais tranquila...
Limpe o coração do Desespero. Como quem precisa encontrar ainda sua verdadeira história.
De forma Limpa, Honesta. De forma muito natural.

Minha mãe sempre me diz __ Marília você tem para-raio para gente maluca e invejosa!! 
Insistindo no banho de sal grosso. ( Acho graça sempre disto!!)
Não que ela acreditasse mas __ MAl não Há de fazer!!!! 
<<é ... talvez eu faça mesmo isto!! >>

É verdade, ando um pouco abatida. 
Febre que insiste o dia todo em me acompanhar. 
Talvez por isto eu tenha me colocado a sonhar... e lembrar de dias.. de Leveza.
De pétala.
A textura do som envolvendo o corpo... o vento nos cabelos... 
Aquela CalMA 
De quem Ama ...
  ....de quem já caminhou tantos espaços...
Viu tanta coisa.... ouviu tanta coisa....
... de quem está Milhas e milhas e milhas distante.




segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ao Tempo.


Um dia ela respirou bem fundo , fechou os olhos verdes de gratidão mais límpidos,
Com o coração sonhava e pedia baixinho:

...Que encantamento e beleza
fossem brisa e calafrio, ventania de Cabelos esvoaçantes.
Laços e laços de fita de cetim.
E habitassem  em volta dela.. todos os dias... enquanto vivesse.
... Que o delicioso e bom
não tivessem esta escassa duração
DAquilo que observava por onde andava


- fogos de artifício, flor,
nuvem,  bolha de sabão,
riso de criança, olhar de mulher no espelho,
e tantas
outras coisas fabulosas
que, mal se descobrem, somem –
disso, com pena, Ela ainda menina já sabia.

se perguntava porque, Ao que era permanente e fixo
não se  queria tanto bem: ::
gemas de gélido fogo,
ouros de pesado brilho,
Estrelas
que  de tão altas não parecem
transitórias como nós
e não calam fundo na alma.
Não: parece que o melhor,
mais digno de amor, se inclina
sempre para o fim, beirando a morte.

E aquilo que mais lhe  encantava  –
... Notas de música, que ao nascerem
já fogem, se desvanecem –
são brisas, são águas,
Caça- feridas de leve mágoa,
que nem pelo tempo de uma
batida de coração
deixam-se reter, prender.
Era a dança na Ponta do pé!
E de tanto dançar ela já tinha os pés calejados..
Gostava de sentir a terra... o chão debaixo dos seus pés.
Som após som, mal se tocam,
já se esvaem, vão-se embora.
Nosso coração assim
leal e fraternalmente
se entrega ao fugaz, ao vivo,
não ao seguro e durável.
Não era  o permanente que lhe cansava
- rochas, mundo estelar, jóias –


Mas pensava que àqueles de puro coração,
 Almas de ar e bolhas de sabão,
cingidos ao tempo, efêmeros
a quem o orvalho na rosa,
o idílio de um passarinho,
o fim de um painel de nuvens,
fulgor de neve,
arco-íris,
borboleta que esvoaça,
eco de riso que só
De passagem  alcança,
pode valer uma festa
ou razão de dor.
Amava
aquilo que era semelhante à ela,
Todas estas coisas de Leveza e Encantamento de fada.
Todas aquelas alianças , emblemas.
Flores e flores de romance.
Broto do broto , raiz da raiz.
Tinha aquele dom desde menina
...de entender Os Rabiscos  que o vento lhe deixava na areia.