quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Sobre Milagres e Sinais




SEntiu como se o coração tivesse parado, ou pior, tivesse fugido do peito que o sufocava.
Faltava Metade sem o seu Escudo de DAvi pendurado. Como um estandarte numa torre longa de marfim, assim seu colar com o escudo lhe enfeitava o pescoço de bailarina.

Para os demais, Era apenas um detalhe . MAs sem dúvida naquele instante aquele era seu maior pesar...a ausência de.
Não é dizer que acreditava em SInais como uma pessoa mística diria.
Mas era preciso dizer que Acreditava em Deus.
Acreditava que a Sua palavra era VIva e Eficaz.... que falava conosco à todo momento. E o problema era que não somos capazes de OuVIR Sua Voz.

Acreditava que quando o coração se cala e só respira, bem devagar, quando quase se pode tocar o espírito e alma quebrantada suspira, É quase AUDÍVEL o SOm da VOz dEle, dentro do próprio peito.

É assim que O escutava chamar SEu Nome tantas e tantas vezes.
Acreditava também que Ele algumas vezes movia as pessoas e circunstâncias para nos dizer algo, ou PRovar algo.
Testificar , diria um religioso.
E foi assim movida por esta curiosidade de "saber"a verdade.
E desfazer intrincados Nós.
De entender/ responder às perguntas que justificariam, mesmo sabendo que aquilo lhe magoaria de morte. Ela abriu aquele baú, retirou de lá toda sujeira.
Aquela coisa sem valor.
Aquilo que talvez prendesse ainda de certa forma a vida dele.

ACreditava nestes ritos de passagem, como prática e herança sua.
Retiraria toda poeira.. Iluminou cada cantinho com sua vela.. e limpou aquela casa.

Claro novas perguntas surgiram. E o modo como aquilo lhe Agrediu.
Talvez não conseguisse superar assim. Talvez não pudesse mais.
O Tempo inteiro, voltava na memória tudo aquilo.E A fez sentir tão pequena.
E o seu coração Partiu.

E ela chorou.
Chorou arrastando as malas pelo caminho. Ainda assim oferecia perfume à quem passava.
Ajudou quem lhe pediu ajuda.
A viagem seria longa.

Quando encontrou seu lugar... do seu lado direito, sentou uma senhora. O rosto marcava a expressão bem forte dela.... os olhos azuis.
Ela perguntou dos horários, preocupada. E disse que voltava do hospital, que visitou sua neta.
E puxando assunto.. dizia sobre a correria do seu dia... mencionava a neta.
E por mais que a menina quisesse ficar em silêncio não podia.Perguntou sobre a história da neta.

Foi quando percebeu que aquilo era um recado, e que ela precisava ouvir. Saber!!
DA História da Tainá.
A neta de 27 anos daquela senhora, que tinha uma doença rara e que não era diagnosticada.
A menina que tinha ânsia de viver.. e Lutava para viver.
A segundo a avó, que  olhava pra ela com certa dor, dizendo o quanto era parecida com a própria neta. Loira,olhos claros, pele bem branquinha. A mesma idade.

A senhora contou que sua neta dizia de si com toda Fé e CErteza.. que ela já era o Milagre.

Não havia tratamento pra menina.
Não Havia quimioterapia venosa. A última esperança agora vinha de um medicamento teste EM comprimidos.
Tainá  já havia perdido um órgão vital. E agora mais outro apresentava metástase.
E ainda assim... TAiná acreditava na VIda.
Dizia que Já era o Milagre. EStar Viva até ali. Apesar de tudo.
Depois de ouvir tudo, não sabia o que dizer.
Ela deixou rolar uma lágrima tímida. E ficou bem quieta.

Sabia que era pra ela.
ELa que passara por tudo isto.. e estava ali VIva. Ilesa.
E de repente tudo isto havia se tornado só uma página virada em sua vida, sem muito valor.
Mas era o seu Milagre.
ELa havia passado tudo aquilo.
EStava ali.
Não teve coragem de dizer pra senhora. Que existia esperança, não queria dizer que passara por tudo aquilo e estava ali ao seu lado agora... porque Achou que Não MErecia!
Sentiu que não merecia estar ali.
MAs estava!

Logo a Senhora desceu do ônibus, ela continuou a viagem... Chovia, chovia lá fora.
ERA o Som da Chuva.
ERa  a lembrança da própria imagem no espelho.
Pensou no Milagre.
Pensou na Tainá.

Chorou e orou o resto do caminho... pedia pela menina. Que só queria passar as festas em casa, cercada da família.
A menina que era mais parecida com ela do que imaginava.
Já não sabia mais o que sentia por dentro!

Precisava VIver... Precisava...

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

I want to GiVe YoU a DreAm..


As borboletas do estômago agitadas causam até um certo desconforto!
Algo parado na Garganta! Desde o Natal não durmo direito.
Tudo isto é sintoma de SAudade.

A cama muito grande, vazia.Qualquer barulho te desperta. Nada concentra.
Exceto o trabalho.

Pensando em deixar tudo que não me prende passar. Pensando em presentear o mundo e todos que amo..
Cobri-los de SOnhos.
De Afetos os banhar e perfumar.

Nem sempre a vida acontece como prevemos ... e quase nunca estamos atentos para isto.
Num dia somos, estamos e todo o resto e no outro... fica o acúmulo de poeira, o teto em branco.
E os livros pelos cantos da sala.
Que Neste NOvo Ano... eu SEja Ainda mais FOrte.
E Que Deus me Dê Asas como Águia.
Que eu Alcance lugares ainda mais Altos... pra chegar bem Mais perto DELE.
É tudo que eu quero.
Me abrigar na ROcha mais Alta que eu.
Que Deus encontre cada um dos meus. E me distribua entre eles... mesmo distante.
Somos um só.
Que eu possa ser capaz de perdoar todos os dias... e amar até quem me persegue.
Que Venha o Reino dEle aqui na Terra. Porque a vida é agora e é esta.
E que ELe mesmo Venha. HAbitar.
Habitar... comigo... com os que amo.

Que todos os dias eu possa cantar e dançar... este Amor que me coroa.
Derramando Mirra...
Amem

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

EStrelas que jamais Estiveram no céu.




A cidade deseja ser diferente, escapar às suas fatalidades. Enche-se de brilhos e cores; sinos que não tocam, balões que não sobem, anjos e santos que não se movem, estrelas que jamais estiveram no céu.
As lojas querem ser diferentes, fugir à realidade do ano inteiro: enfeitam-se com fitas e flores, neve de algodão de vidro, fios de ouro e prata, cetins, luzes, todas as coisas que possam representar beleza e excelência.
Tudo isso para celebrar um Meninozinho envolto em pobres panos, deitado numas palhas, há cerca de dois mil e poucos anos, num abrigo de animais, em Belém.
Todos vamos comprar presentes para os amigos e parentes, grandes e pequenos, e gastaremos, nessa dedicação sublime, até o último centavo, o que hoje em dia quer dizer a última nota de real, pois, na loucura do regozijo unânime, nem um prendedor de roupa na corda pode custar menos do que isso.
Grandes e pequenos, parentes e amigos são todos de gosto bizarro e extremamente suscetíveis. Também eles conhecem todas as lojas e seus preços — e, nestes dias, a arte de comprar se reveste de exigências particularmente difíceis.
Não poderemos adquirir a primeira coisa que se ofereça à nossa vista: seria uma vulgaridade.
 Teremos de descobrir o imprevisto, o incognoscível, o transcendente. Não devemos também oferecer nada de essencialmente necessário ou útil, pois a graça destes presentes parece consistir na sua desnecessidade e inutilidade.

Ninguém oferecerá, por exemplo, um quilo (ou mesmo um saco) de arroz ou feijão para a insidiosa fome que se alastra por estes nossos campos de batalha; ninguém ousará comprar uma boa caixa de sabonetes desodorantes para o suor da testa com que — especialmente neste verão — teremos de conquistar o pão de cada dia. Não: presente é presente, isto é, um objeto extremamente raro e caro, que não sirva a bem dizer para coisa alguma.
Por isso é que os lojistas, num louvável esforço de imaginação, organizam suas sugestões para os compradores, valendo-se de recursos que são a própria imagem da ilusão. Numa grande caixa de plástico transparente (que não serve para nada), repleta de fitas de papel celofane (que para nada servem), coloca-se um sabonete em forma de flor (que nem se possa guardar como flor nem usar como sabonete), e cobra-se pelo adorável conjunto o preço de uma cesta de rosas. Todos ficamos extremamente felizes!
São as cestinhas forradas de seda, as caixas transparentes os estojos, os papéis de embrulho com desenhos inesperados, os barbantes, atilhos, fitas, o que na verdade oferecemos aos parentes e amigos. Pagamos por essa graça delicada da ilusão. E logo tudo se esvai, por entre sorrisos e alegrias. Durável — apenas o Meninozinho nas suas palhas, a olhar para este mundo.
* * * * * *              ***** * ** **       * **** ** * **** **
Ahh porque estou no meio desta crise de Final de Ano.
Você começa analisar a vida, pensar no que pretende... Contabilizar tudo.
Colocar na balança.
Erros, acertos, perdas e ganhos.
Aprendizado. Resoluções.
O que vale a pena manter... arrastar pela vida.. e pelos dias que virão.
O que é melhor deixar passar por você.... e o que será jogado no lixo.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Como se Ama isto!?!?

Sentia no vento aquele cheiro de chuva... sabia que viria. 
Não demorava!
E logo enchia os ouvidos como música ao longe... 
Sabe, o coração ainda apertado. Queria ficar só um pouco sozinha... pra ver ser conseguia ouvir por dentro o que dizia. 
Desejava mais que tudo ser o Cuidado.. nestes dias... ESta vida de solavancos era por demais doída. Acordava todo dia assim... sabendo que se não tivesse cuidado sobre si ninguém mais o faria. 
E isto lhe doía. Cansada um pouco desta Luta de unhas e dentes.. não queria mais batalha alguma.
Queria Amar. Queria ser Amada. 
Simples assim. Queria a vida em linha reta. Ao menos as coisas importantes dela. Sua família, seu amor,sua casa, seus (poucos) amigos.
Queria Um Conto de FAda. 

... de novo.... de novo.... Mas fazer o quê ???? Era verdade!! Queria!

Esta coisa dela ... de iluminar tudo com Velas...  de espalhar perfumes... 
De sempre tecer do tempo amor e paixão.
Mas era Qualidade Sua. ERa Virtude dela.
Abriu o antigo guarda-roupa. Lá estava ... guardado... conservava ainda aquela brancura pura. 
...
Não era mais seu quarto. Não era mais nada seu ali. Só aquele amontoado de lembrança e poeira. 
... Não deveria ser. 
Queria algo novo.
Algo REalmente de verdade. Sentia que ESTAVA pronta. 
SEntia que agora sim... PERTENCIA.

Mas ainda sonhava com estes símbolos seus. 
Desejava mais que tudo. 
* * * * 
Havia nela algo de pássaro...
... azul – verde, leve , vivaz,
...embora tanto passado...
Como beijo de uma onda Fria e Fina. Ainda solene.

Sentindo como Sentia.
Parada Ali.

Ante a janela aberta.

E o coração lhe dizendo que alguma coisa de terrível ia acontecer.

Flores que ela mesma comprou!!!
Pra ela!!

Outras que ela colheu!
Só Deus sabe!!
-“Só Deus sabe como se ama isto!” __ pensava dela mesma __ como se considera “isto!” .

Compondo – o sempre, construindo-o sempre em torno dela.
Derribando- o , criando-o de novo... a cada Instante.
A cada instante.

Era mais um dia ! Era mais um dia dela!
E justo aquele dia.

Acordou aquela manhã amando quem ela foi um dia.
... amando todos os sonhos que perdeu....
E todas as suas despedidas.


Era verdade o que sentia ... e sente...

Mas já sofrera tanto... que , Ela era maior que isto.
Era mais forte que qualquer amor.

Passava como uma navalha através de Tudo.
E ao mesmo tempo ficava de fora olhando.
Tinha a perpétua sensação de estar longe e sozinha.

Sempre sentira que era muito perigoso viver, por um dia que fosse.

Não que se julgasse inteligente, ou muito fora de comum.
Nem podia saber como tinha atravessado a vida.

Cristal mais resistente. Pontiagudo.
Importava mesmo???

Importava mesmo que tivesse de desaparecer um dia, inevitavelmente?????

Não queria mais isto... de qualquer maneira viver no fluxo e refluxo das coisas, Sobreviver !!!

Aquela última experiência do mundo Lhe causava Lágrimas e Pesares, CORAGEM e RESISTENCIA.

Por toda parte Flores.
Ela aspirava aquele cheiro de jardim.

E ela tão triste.

A frase do livro repetindo...
Era verdade!!

Era ela.. ali descrita.

Era sobre ela que dizia!

E sabia .. tudo aquilo continuava sem ela!!!
Sentia –o???
Ou seria um consolo pensar que a morte acabava com tudo, absolutamente????

Ela nem estava mais lá!
Nem existia aquela manhã! Aquele dia!

Era só e sozinha.

Desprovida de cuidados... de afetos... era só luta... só batalhas vividas....
Força e coragem.
Sem alternativa... sem escolha...

Observava e aprendia.

Não fazia parte.
Sabia!

Era hora de sair de cena!
De partir.

Era sua hora. ... esta....

Justo aquele dia!
ELa via a vida nos olhos... refletida no espelho...

Que bom seria!!! QUe BOm Seria, se...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Love In the City...



... E assim cheguei na cidade, para passar o feriado com meus pais.
A Viagem até que foi tranquila, nenhum alarme, a noite fresca.
Cheguei assim ... cansada, ainda com a roupa do trabalho. Um par de olheiras... e minha bolsa nova! Linda! rs
Presente do namorado! Linda!

Antes de tomar o rumo da minha própria casa, e que saudades dela, não resisti. Deixei o presente do pai escondido na árvore.
Não consegui esperar... e pedi que ele abrisse.
Tinha um porquê! Claro!

Enfim chego em minha casa.
Tinha planejado  tantas coisas. Arrumar tanta coisa. Talvez fazer o jantar de Natal aqui. Mas sabia que minha mãe não concordaria, então nem insisti.
Tento dormir, viro de um lado pro outro, penso no trabalho, anoto coisas importantes. Urgentes. Viro de novo, que roupa eu uso amanhã, o que preciso fazer...
Ainda sem sono, pego o diário, escrevo.

Lá pelas 4hs, quando cochilava pela primeira vez, toca o telefone.
Atendo. É ele. Falamos mais um pouco.
Saudade de veludo.

Já não queria mais dormir.
Mas permaneço deitada... escrevo mais um pouco.. adormeço.
ACordo bem Cedo.
MAs é gostoso ficar ouvindo os passarinhos da minha janela.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Respirando e sorrindo Saudade.

Eu não sei porque fico assim nesta época do ano.
O Coração transborda... Respira com o Vento.
Aquela certeza que Deus virá e me encontrará .... esteja eu onde estiver...
E o amor no peito.Como deveria ser.
VOu levando pelas avenidas e alamedas. Da cidade que agora é nova.. E se abre pra me ver passar.
Até as ruas tão familiares... quando volto ao que ainda é meu Lar.

Estes pequenos detalhes.
TOdos eles vou levando.
EU tive um professor que dizia : Só permanece o que muda!
E hoje eu entendo com clareza a extensão do que dizia.
Então Agradeço à Deus... por cada mudança! Por cada milagre!
Por cada instante!
Grata por conservar meu interior Dourado... e por me fazer compreender a vida .... o Caminho.... Grata pelas vezes que chorei... Por ter um coração quebrantado... e humilde. Como de criança que chora. Como o dEle!

Até pelas Pedras do caminho.. eu agradeço.. porque tem me feito mais forte. E tenho superado. Alcançando sempre um lugar mais alto, quando escalo estas "pedrinhas!". Quando olho para trás e  vejo já tão distante destes pedregulhos.... E vejo como fez bem, superar este obstáculo. Como fortaleceu o Amor.
É que só então você se dá conta... que o desespero não é seu.
Que é o desespero que move as pessoas em alguns momentos. Não que isto as justifique, mas isto me basta, para Perdoar.

Para sorrir pro dia novo que nasce.
Para sorrir de peito aberto pra vida que se renova todos os dias em mim.
GRata por tudo isto.

A vida muda... o mundo gira... avançam as horas...

Aquela SauDAde Gostosa! mas tranquila!
Dolorido despedir..
O Beijo demorado no estacionamento... os muitos beijos cheios de FRases e significados.... ali.
MAs aí Conforto o coração, pensando que o REencontro tem data e hora marcada.
Fiquei área a manhã toda...
Fui trabalhar tão distraída. Quase errei a rua.

A voz de veludo dele no telefone. E o coração respirando devagar.
Concentrei de novo em tudo que fazia.
E o dia correu tão depressa. Só doía pensar que voltaria pra casa e não o encontraria.

Administrando a SAudade dele... que ficava. Com a Saudade dos Pais e da Nini , que daria Adeus em algumas horas.
Alternando Lembranças.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Ao redor

Do alto da minha janela... canto de passarinho, e a imagem delicada dela.
A quaresmeira de novo em flor.Flores que se abrem brancas e acabam o dia cor de rosa .
Aquilo sempre fora especial só pra ela.. Presente seu!

Menina que era tecia conto de fada, e refazia estradas. SOnhava de novo com aquele dia... e aquele jardim.
E de repente era tomada por um silêncio de esfera.
Muito do que era verdade se perdeu. Foi ficando de lado, não por relaxo ou descaso, mas é que carregava tudo no peito... e já era tão pesado.
Passava a hora. E vida continuava.. e continuava.

ERa o coração de preocupação aflito. Era o coração do pai no dela.
DOía e doía.. mas ninguém repara. Ninguém lhe dizia.
Era todo o resto que não se media. Que não cabia mais em entrelinhas.
Era aquela vontade grande.. que tudo fosse diferente... que tudo ficasse bem!
E assim seguia.

Iluminando.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A VIDA vai no meu peito,

..
A vida bagunçada.
Ainda meio perdida.Ainda sem um ponto de partida.
Seguindo pelo meio.

Exagero as vezes... perco a linha. Preciso de alguém que me segure... não me deixe partir... ou perder o rumo de mim...

Calma.. Força!!

REspirar pelo Coração.

A vida toda bagunçada... e tentando acertar o tempo inteiro você erra.
!!!
Quebrantada e agradecida.
Penso em Deus... penso nEle!

Converso com os amigos... jogo conversa fora... dou risada.
Aprendi a sorrir principalmente quando a vida doe.

O mundo anda muito complicado.
Tantas preocupações.

Tentei escrever todos estes dias, mas não consegui dizer de mim.
Nem das pessoas ao meu lado.
Todos os dias acho que não serei forte o suficiente. Avançam as horas, eu resisto.
Com bravura, com coragem que não sei Bem se é minha.
Sinto silêncos, faço orações.
Acaba mais um dia.

Meu jasmim todo florido... a noite perfumada
 A minha casa vazia... o jardim sem a Nini!

......             ...... E
Da minha vida: este gosto.
Água profunda transparente.
A VIDA vai no meu peito,
Encrustação de Ouro,
É quem Vai me Levando
Renova todas as Coisas

Não, não tenho caminho novo.
O que tenho de novo
É o jeito de Caminhar.

Aprendi
A Caminhar Cantando.
A Caminhar Dançando.
Como Convém a Mim.

Aqui estou eu,
Plantando flores no meu Jardim.
Quando me desespero e choro....
Ele me acolhe sempre... cheirando a Jasmim.

Delicada e branca.
Pedaço de Sol iluminado... traz apenas a esperança de ver o amor de perto.
E sem ter canto,
No peito Machucado, de repente
De coração comigo vai cantando.. e vai na vida, a vida que maltrata
Achando uma Fé nova, a cada manhã.

O Tempo é de Cuidados
É tempo de Vigília
O Tempo é de Mentira.

E não me sai da cabeça... estas frases, este bilhete.
Este adeus.
Como se fosse meu.
Eu me vi tantas vezes nas páginas deste livro.
...descrita nestas horas.

Não estou muito de palavras, não.

Fiquei com excesso delas quando me calei e não disse de uma vez tudo o que te tinha pra dizer.
Sim,as guardei, engoli, fiz o impossível para não as deitar cá pra fora.


E agora as perdi!

Por incrivel que pareça pensei no que me disse daquela vez.
Não lembra?
Naquele dia de sol em que chegaste ao pé de mim e me esbofetaste com palavras?
Calei-me, e calei-me tanto que o meu silencio te calou tambem.

E você sabe porquê.

Você, simplesmente não consegue admitir que eu estava certa.

Sim, porque pela primeira vez eu estava cheia de razão e você sem um pingo dela.
Mas mesmo assim eu me calei.
Te Deixei ganhar porque não aguentava te ver abaixo.

E você aproveitou.
..como eu sabia que aproveitaria a minha abnegaçao e coragem em benefício da sua TOtal Ausência de Verdade e Coragem.

Eu sempre soube.

O teu espaço é vazio, a tua casa está limpa, a tua cama está feita.
Nós nunca tivemos tempo.
Nunca tivemos tempo.

E quando a dor parecia nao querer ir embora.
.. eu sai ensolarada de Luz.

Apaga.
Enterra o sentimento a que agora chama de fútil.
Apaga-o.

Apaga tudo na tua cabeça.

Sem tempestade.

Aposto que até o meu toque consegues apagar.
Apaga o sentimento a que roubaste o nome.


***********

"Dear Leonard, to look life in the face,
...always to look life in the face and to know it for what it is.
... At last, I know it.
To love it for what it is,
... and then, to put it away.

Leonard, always the years between us,
always the years.
Always the love.
...Always the hours."

the Hours 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A Letter to ...

Contrai o peito... e prestei atenção.. era o SOm da Chuva.. VIndo lá de Longe.. e tocava dentro do meu coração. Era o som da Chuva ! Era o toque do Trovão. Eu sonhando acordada.


Agradecia à Deus. Por cada recado Seu. 


Enquanto trabalhava, intercalava saudades. E guardava sorrisos. E tecia sonhos.
Lendo a Carta como se fosse minha... como se escrita para mim.. me senti menos só!


"....Acordei com o estômago cheio de borboletas. Esvoaçam as danadas. Fazem cócegas sem dó, mas não me importo! Mergulhada em uma leitura de Lya Luft as coisas ficam ainda mais bonitas, são palavras de um estranho que dão maior significado a vida. O poder do desconhecido sobre nós.
A vida é um emaranhado de coisas estranhas, mas são exatamente essas coisas que dão sentido a ela, que por hora está azul, outrora a gente não consegue definir a cor, pois vai sumindo até não conseguirmos ver mais. E é aí que ficamos tristes e com os ombros pesados, mas a cor não foi embora 'seu' moço, não sai de lá nunquinha, é que vezenquando ela gosta de brincar de esconde-esconde. 

Tudo que não consigo definir, de certa forma considero estranho. O Amor, assim mesmo com letra maiúscula, não é algo fácil de ser definido. Uns diriam que é "Fogo que arde sem se ver", outros que "Amor é carnaval". Amor é a falta de definição mais bela que existe. Não devia caber em dicionários. Existem coisas que não conseguimos definir. Não há mesmo uma explicação para o mais belo. Quando inventarem um significado, uma razão para aquilo, deixa de ser belo, deixa de ser puro.
As grandes loucuras começam nas explicações. A vida não foi feita para ser explicada, mas para ser vivida. O lugar onde vivemos é na verdade um sonho, daqueles bem bonitos, que ninguém deseja acordar e quando acorda quer definir. Quer saber o que significa sonhar com chuva forte? Quer dizer que sua colheita será farta, seu moço, quer dizer isso. A gente acredita no que quiser, no que nos convém, bem assim que é. E quase sempre a gente tenta acreditar no melhor, porque o pior não é algo que a gente precise acreditar. Em nossa maior descrença, lá está o danado do pior, e ele nem liga. Mas eu também não ligo, o que há de sentimentos bons em mim já está atingindo o céu. Tingindo o céu. O meu céu, que quando está escuro eu trato de colorir de azul.
Correr, dar carinho, amar, assim sem definição é bem melhor. Acreditem em mim. Mas se não quiserem acreditar, não faz mal. Cada um tem seu caminho, assim florido, assim bonito. Se soubermos enxergar através das lunetas tudo fica bem. Os astros, os destinos, que vão em direções contrárias as que desejamos, sempre nos levam para um caminho onde há pôr do sol e estrelas. Isso deve bastar. Viver assim, com estrelas, sol e flores.
As pedras? Já sabemos que estão atravancando a jornada. Tenhamos força na ponta do pé para jogar as tais pedras bem alto, para que cheguem até a Lua. Pedra da Lua! 

Aquela pedra que usam para absorver a energia que a Lua nos passa. Dizem que é eficiente até contra tendências auto destrutivas. Traz amor, paz, harmonia. Ô Lua. ...cê foi feita pra iluminar... Os seus passos, os meus..."
.... Beijos.... Costureira de Estrelas!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

`WicH Road do I Take????


Acordei quando a manhã se vestia de luz para receber o dia. O sol, espreguiçando-se por detrás das nuvens, derramava seus raios mornos pela terra.
Abrindo a janela, senti uma grande alegria e desejei orar ao Criador de todas as coisas, ao Pai de todos nós. Queria dizer tantas coisas!
Mas como se pode, sendo tão pequeno, dizer coisas grandiosas a quem é tão onipotente?
Desejei abraçar o dia e servir, fazer algo útil, bom, especial.

Como se pode agradecer ao pai generoso por tantas dádivas senão buscando se tornar um servidor para as suas criaturas?
Entre a timidez e a emoção, com o coração a cantar em descompasso no peito, comecei:
Meu Deus e meu Senhor. Eu gostaria tanto de poder ajudar de poder servir. Eu gostaria de ser um jardim de flores, de todas as cores.
Mas, na pobreza que minha alma encerra, se não puder ser um jardim, deixa-me ser uma rosa solitária, em uma fenda da rocha, colocando beleza no painel nobre da natureza.

Eu gostaria de ser um canteiro perfumado, aonde as abelhas viessem colher o néctar, para produzir o mel que alimentaria bocas infantis.
Eu gostaria de ser um trigal maduro, para colocar pão na mesa da humanidade. Mas, é demais para mim.
Como não poderei ser uma seara, ajuda-me a ser o grão, que caindo no chão,EU saiba morrer e multiplique num milhão. E me transforme em pão para os meus irmãos.

Eu gostaria de ser um pomar de frutos maduros para acabar com a fome. Mas na pobreza que me consome, te venho pedir para ser uma árvore desgalhada, projetando sombra na estrada. Talvez alguém, em passando de mansinho, por esse caminho possa me dizer “olá”. E respondendo, eu estenda a mão e me ofereça: ”sou teu irmão, sou teu amigo.”
Eu gostaria de ser como uma chuva generosa, que caísse na terra porosa e reverdecesse o chão. Mas, como não conseguirei, então, te pedirei para ser um copo de água fria que mate a sede de quem anda na desesperação.
Eu gostaria de ser um riacho que descesse a encosta da montanha cantando, por entre as pedras, ofertando linfa refrescante às árvores que protegem o solo.

Meu Deus! Eu gostaria de ser como a via-láctea de estrelas para que as noites da Terra fossem mais belas e a dor debandasse, na busca de um novo dia.
Mas, na minha pequenez, sem conseguir, te quero pedir para ser um pirilampo na noite escura, iluminando a amargura de quem anda na solidão.
Eu gostaria de ser um poeta, um artista, um trovador. Quem sabe um cantor, um esteta, orador para falar da magia e da beleza da tua glória.
Mas, como eu quase nada sou, como me falta o verbo, a mestria, então, eu te peço, Senhor, para ser o companheiro da criatura deserdada.
Deixa-me caminhar pela estrada e estender a mão a quem anda solitário e triste. Deixa-me ser-lhe a mão de sustento e lhe dizer: “sou teu irmão, estou contigo. Vem comigo.”

Mas só Você tem olhos como os dele!!!

Desconfiava sempre destes tipos de sinais. 
Frio quando é pra se ter calor.. ou calor quando deveria  estar frio.


Chuva em casamentos. 
Dia de inverno no meio da Primavera.
Para ela sempre fora sinal de que alguma coisa estava por vir.. e quase sempre não era nada de bom!
Quando resolveu preparar seu café da manhã..ficou um tempo decidindo mentalmente o que faria... Então deitou de lado, inclinou o corpo e Levantou... colocou os pés no chão de taco e sentiu,"Está frio!".
Vestiu o roupão e os chinelos dele. E saiu do quarto!
Olhava o tempo pela janela da cozinha... tentava perceber a sua volta...


Assustou quando ele surgiu de repente na cozinha e avisou o que tinha acontecido. 
Ela deixou os pães e esqueceu de apagar o fogo. 
Fervia água para o CAfé.


E demorou alguns minutos... para entender aquilo.Pensava no seu pai.. pensava no tempo.. pensava em nada.
"Não tive tempo de me despedir!"
Repetia e repetia.
Levantou, trocou de roupa. Guardou algumas peças de roupas dos dois na sua mala. 
E desceram com pressa.


Viu parentes de longe. Parentes de perto mas também muito distante.Preferiu ficar bem quieta. 
Era um dia frio. Um dia tão frio e cinzento daqueles de julho.


Relutou em aproximar dela ali. Tão pequena. Não conseguia. 
Não era destas pessoas supersticiosas... nem carregava nenhuma fobia de morte... não era nada disto.
E não entendia. 


Era diferente. 
A vida toda tinha sido diferente. Desde o início.
E o que doía era também isto. MAs não só isto. Era a perda daquele pedaço grande dela.
Era a história do Pai. Era parte dele.
Quando chegou a hora de dar Adeus mesmo, não conseguiu!


Quis respirar e não alcançou. 
Lembrava daquela tarde... sentadas .. mesa de café da tarde posta... 
A avó olhou bem no seu rosto... e disse... Ele tinha estes ohos!!
Só você veio com estes Olhos!! 
Com o lenço secou os olhos. Engoliu o choro. 
E começou contar a história dos dois. 


Talvez ali ela tenha começado sua despedida.. porque algum tempo depois.. a clareza de pensamentos começara a mudar....
E o tempo foi levando pedacinho e pedacinho dela.
 Já era  avançada a hora.. Era avançado o tempo... 


ELa amou ele a vida toda. E além!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Adestrei-me com o Vento!




Foi ontem recebi dele uma matéria que falava sobre um Urso, um Tigre e um Leão que vivem juntos. 
Desde filhotes. Amigos.
Achei tão lindo. Fiquei sonhando o resto da tarde.
Entre um documento e outro. Entre um projeto e outro.

Repassei para alguns amigos... E um deles responde: ".. Seria ótimo, se nós também conseguíssemos isto!!!"
Concordei mentalmente. Porque pensei exatamente o mesmo.
Não seria perfeito !?!?!?

Tenho visto tanta coisa. Aprendido de tantas formas. Não deixo escapar nada...
Tenho esta sede de Saber... de Aprender.. de GRandes feitos.
E parece que tudo isto esta mais perto do que eu imaginava ou previa.  Mal vejo a hora. 
Fico sonhando e sonhando.

Agradecendo a Deus que atendeu este pedido! E finalmente terei PAZ!
Amém.

E já era tarde! 
A vida passa rápido. Passou! 
O tempo vai arranjando as coisas. Vai limpando.. Varrendo.
E foi assim... 

Corri para o encontrar .. no corredor do mercado...rs.. um abraço bem apertado... e dois beijos.



quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A Menina que chora!

"... É primavera aqui dentro. Ela voa com os pássaros nas asas de um sonho azul. 
Enquanto um sol cor-de-rosa desfila pela tarde sobre os mares. É que muito em breve ela vai acampar a alma na tenda de um jardim. De um atlântico amor.
 E o que tem fome de olhar vai dormir junto a ela. 
Ele decidiu cortar as cordas da prisioneira para levá-la à uma festa de corais. 
É a primeira vez que ela vai ver o azul do dia. 
Fez até um barquinho de papel para andar sobre a risquinha das águas. Ele não sabe. 
Mas ela vai mostrar a ele o fundo do oceano. Onde as sereias nadam com os amigos. Ela vai levar ele pra nadar com os golfinhos e ouvir as baleias conversando nas profundezas. 
Vai improvisar um caiz pra ele colocar as conchas de sua existência. 
Depois que ela mostrar que é tudo verdade. Ele vai ficar mais seguro. 


Silêncio na mão e amor no colo. E eles vão fazer uma fogueira à beira do mar. E ela vai ser tão quente como um dia de verão."


* * * *
EU sou mesmo uma menina com uma flor. 
Que ainda coloca Fé... no que Deveria ser o Melhor das pessoas.. E QUE CHORA sim , e tem o Coração Partido toda vez que descobre estar enganada acerca de alguém.


Tenho mesmo o interior dourado, como disse o amigo. Me amparando.
Dizendo o quanto eu era, o quanto aquilo era nada. E por ser  este amigo específico, aceitei o abraço o beijo e as palavras.
Sabia que era verdade. 
O que doía, o que fazia chorar... era a decepção mesmo! Ser atacada assim! De graça.


Quando se está em tempos de paz.
E é assim que estou. 


Triste ver alguém cair assim. Triste ver alguém desesperado desta forma. RElutando , se debatendo. COmo um peixe fora d'agua.


Eu pensei bem.. REspirei .. Respirei pelo coração... bem devagar.
Dei de ombros, pra certas pessoas talvez não exista outra saída. É isto mesmo e ponto final. Segue a vida. Muda tudo... e só ela não vê! Ela agride,ela força... e vai se debatendo. Carente!
Implorando por atenção para que seja notada.Grita! Bate! Morde! 


Não preciso mais voltar nenhum passo. 
Vou seguir com minha esfera dourada... meu poeta particular... e todo o resto. 
E não acredito que eu vá perder a fé nas pessoas... pq é assim que sou mesmo. 


Minha criação foi esta. Minha educação foi esta. E eu continuo sendo quem sempre fui. 
TRansparente.
Amada e Querida.. Boa filha.. boa amiga... bom coração.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Rabisco de Sol

Eu não sei o que vi aqui
Eu não sei prá onde ir
Eu não sei por que moro ali
Eu não sei por que estou

Eu não sei prá onde a gente vai
Andando pelo mundo
Eu não sei prá onde o mundo vai
Nesse breu vou sem rumo

Só sei que o mundo vai de lá prá cá
Andando por ali, por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem.

Cada um sabe dos gostos que tem
Suas escolhas suas flores, seus jardins
De que adianta a espera de alguem
O mundo todo reside dentro em mim

Cada um pode com a força que tem
Na leveza e na doçura de ser feliz!



* * * * * * * 
Então amanheci hoje com o amargo ainda na Boca.  Era bem cedo, como sempre. Mais cedo ainda... do que de costume...  E ainda era silêncio aquilo que preenchia o peito.
Era Silêncio dentro de mim!
Não era punição... não queria ser indiferente... mas parecia impossível, 


A Total falta de respeito. De amor próprio. De Abuso.
E mais uma série de palavras que caberia bem aqui.. hoje.. Mas quer saber. 
Não importa.
Não é Nada!


Nunca Invadi Espaços na Vida.  Nunca impus minha presença garganta abaixo. 
Sou muito Delicada para isto. .. 
Mas minha paciência é testada todos os dias! Minha tolerância.. e todo o resto.


E agora no fim do dia.. a musiquinha da Vanessa da Mata, repetindo e repetindo, resolvi colocar aqui... vi o novo texto da Amiga.. e era tão lindo.. Tão perfeito.. resolvi dividir aqui também... 
::::::::


Para C. B. que me contou uma história que dói.

Porque eu tenho pesadelos que parecem tão reais até quando você me abraça. E eu acordo triste, e brigo de verdade e passo o dia grave e dolorida como quando a gente leva um tombo no piso liso...que é só o passado. É como se eu sentisse um ciúme horroroso do meu livro predileto comprado em sebo, a dedicatória apaixonada que não é a minha, os resquícios do manuseio de outras mãos. Alguém corrompeu o trecho que eu mais gostava quando grifou à caneta algo que não pude apagar com borracha e que era tão secretamente meu. Desenhou corações onde só havia minha dor e eu discordei da interpretação alheia. E achei aquilo tudo de uma crueldade atroz. Mas permaneci com o livro no colo, cheia de um afeto confuso por ele: afeto pelo que era, angústia por já ter sido de outro alguém, e aquela sensação (imbecil) de falta de exclusividade. Eu que sempre achei que tudo é e está para o mundo.Perdoa o meu senso de autoimportância, já que não consigo perdoar o meu egoísmo.Eu sei que em alguns presentes, no embrulho, laços do passado são aproveitados. Eu só queria que eles não fossem tão vermelhos: desses que doem nos olhos e no coração.
*
*
Marla de Queiroz






terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dreams Eater




Para não esquecer de mim.. 
Para Dizer desta menina que correu até o fim.
Parou na beirada do mundo... 


Ficou na Ponta dos Pés. 


Pensando se Partia... se Fugia... se Pulava
Era bem capaz que Voasse.
Mas desta vez, ela resolveu que não morreria.


Translúcida como ela só! De sonhos prateados. 
Girava o mundo e corria a vida com a velocidade de um pensamento.
Mas gostava de parar bem ali.. no Limite da Vida... na Beirada do Mundo... 
Só pra ver Passar.


Pássaros dela
Borboletas em par. 
Cristal pontiagudo ela chorava... 


De um lado, a eterna estrela,
e do outro a vaga incerta,

meu pé dançando pela
extremidade da espuma,
e meu cabelo por uma
planície de luz deserta.

Sempre assim:
de um lado, estandartes do vento...
- do outro, sepulcros fechados.
E eu me partindo, dentro de mim,
para estar no mesmo momento
de ambos os lados.

Se existe a tua Figura,
se és o Sentido do Mundo,
deixo-me, fujo por ti,
nunca mais quero ser minha!

(Mas, neste espelho, no fundo
desta fria luz marinha,
como dois baços peixes,
nadam meus olhos à minha procura...

Ando contigo - e sozinha.
Vivo longe - e acham-me aqui...)

Fazedor da minha vida,
não me deixes!
Entende a minha canção!
Tem pena do meu murmúrio,
reúne-me em tua mão!

Que eu sou gota de mercúrio,
dividida,
desmanchada pelo chão...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Janela Verde


Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. 
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,e o jardim parecia morto.


Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.


E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.


Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.


Avisto crianças que vão para a escola.


Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.


Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.


Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.


Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.


Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela,
uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas,
e outros, finalmente,
que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


******
Começando a semana bem devagar,
Algumas plantas do meu jardim floriram pela primeira vez!!!!


O Lírio lilás, a moréia... 


A Quaresmeira florindo novamente, fora de época. 
E duas flores no Jasmineiro. 


Meu coração só queria chorar... era gratidão, era amor.. SAudade.


O sorriso do meu pai, todo satifeito em me dar aquele presente.
Ele não pode esperar até a noite de NAtal. 


Não saberia explicar nem descrever o tamanho do meu pai.
Ele é imenso. Gigante. 
Meu herói!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Engolindo Vento

''Que eu possa abrir minha casa como uma garrafa de vinho. Que eu possa sair de casa como uma garrafa de champanhe.Que eu possa respeitar opiniões diferentes da minha. Que eu não tente convencer ninguém a pedir desculpas. Que eu possa me desculpar antes do ódio.
 Que eu possa descobrir a altura dos postes com pipas. Que eu possa pescar conhecidos nos viadutos. Que eu possa escrever cartas de amor de repente. 
Que eu possa viajar para adorar a distância. Que eu possa voltar para dizer o que não tive coragem. Que eu possa conversar com estranhos para matar a estranheza. Que eu possa comprar fiado minha própria fé. 
Que eu amarre os sapatos dos filhos como se fosse um terço. 
Que eu possa gemer diante de uma torta de nozes. 


Que eu pense em meu amor ao atravessar a rua. 
Que eu pense na rua ao atravessar o amor. 
Que eu possa engolir o vento em cada esquina. 
Que eu possa ouvir as cigarras de noite. 
Que eu possa diferenciar as árvores.
 Que eu erre um caminho para descobrir novas paisagens. 
Que meu carro tenha cheiro de bala de goma. Que eu ajude sem questionar.
Que eu dê conselhos sem condenar. 
Que eu não exija demais dos outros. 
Que eu exija demais de mim. 
Que eu possa dançar com os pés nos ouvidos.
 Que eu possa aprender a tocar violino. Que eu possa aprender a dizer sim.
Que eu possa tomar banho de cachoeira. Que eu possa madrugar para esquentar a água do chimarrão. 
Que eu não acorde com o telefone tocando. Que eu não faça piadas de mau gosto.
 Que eu seja a vontade de rir. Que eu prepare pratos exóticos para aumentar a fome. 
Que eu não dedure os amigos para passar bem. Que eu pendure bonecos no varal. 
Que eu faça sinal para o trem parar. Que eu bata no tapete com a vassoura. 
Que eu assobie para chamar a alegria. Que eu possa chorar ao assistir filmes. 
Que aproveite a luz do corpo para ler de noite. Que eu possa embaralhar o sal com o açúcar. Que não faça fofoca fora do bar. 
Que eu não seduza para confundir.


 Que eu seduza para iluminar. 
Que eu mande flores para meu próprio endereço. 
Que eu estenda a toalha da mesa como se fosse um lençol. 
Que eu não sacrifique a confiança pela covardia. Que eu possa cuidar da minha cidade como um irmão caçula. Que eu use a voz como campainha. Que eu possa repor os pássaros em seus ninhos.Que eu encontre uma loja para consertar chapéus. Que eu encontre uma loja para consertar cabeças. 


Que eu não mude de ideologia para conseguir um emprego. Que eu não precise gritar dentro de casa. Que os cachorros tenham faixa de segurança. Que Meu Marido me responda os beijos com arrepios. 
Que eu possa devolver os livros que tomei emprestado. Que eu não peça a devolução dos livros que emprestei. Que eu tenha dúvidas, melhor do que certezas e falir com elas.
 Que a sorte não seja o cartão furado da loteria. Que eu possa barbear o medo. Que meus amigos deixem de comprar o jornal pelos classificados. Que a única corrente que use seja a do balanço para embalar meu filho. Que a poesia não fique na estante mais escondida das livrarias. 
Que eu ligue mais para meus irmãos para falar menos dos outros. 
Que eu escute minha mãe falar de seus problemas até o fim. 
Que meu marido possa entender o que nem preciso falar. 
Que eu conte meu dia na hora do jantar. 
Que eu cumprimente meu vizinho sem temer a resposta. Que eu possa dar as roupas que não uso. Que eu possa ler revistas antigas em consultórios. Que a cor da pele não seja maior do que a cor do céu
Que minha letra saiba montar no cavalo das linhas. Que eu ande de bicicleta para me demorar na cidade. Que eu cuide das plantas da mão alisando a chuva. Que eu não fique cobrando para me aliviar do trabalho. 
Que eu aprenda a guardar segredos sem jurar por Deus. 
Que eu tenha menos vaidade.
 Que eu tenha mais realidade.
 Que eu invente mentiras convincentes para chegar às verdades.
Que eu não pense na morte antes de dormir. Que eu volte a rezar sem querer. Que eu possa nadar na neblina. Que eu não tenha receio de ser ridículo. Que eu faça amizades falando do tempo
  Que eu escreva nos livros o que os livros me escrevem. Que eu possa brincar mais sem contar as horas. 
Que eu possa amar mais sem contar as horas. 
Que eu possa puxar os cabelos do vento.
 Que eu use somente as palavras que tenham sentido. Que eu prove a comida nas panelas. 
Que eu aceite os conselhos da loucura.
 Que transforme a raiva em vontade de me entender. 
Que o trânsito não seja sauna. Que eu passe a xingar o pai do juiz no estádio. Que eu possa assistir shows com meus filhos na garupa. Que eu atinja o segundo andar das ameixeiras. Que eu abra o capô apenas do piano. 
Que eu não precise fechar as janelas na sinaleira. 
 Que o domingo não termine com o futebol. 
Que o musgo cresça onde há paredes. Que as heras cresçam onde há muros. 
Que as escadas cresçam onde há joelhos. 
Que eu possa caminhar a esmo na respiração.
 Que eu me levante de bom humor. Que eu possa soltar os vaga-lumes que prendi em potes. Que o governo seja competente para ser esquecido. Que eu faça aniversário de criança nos meus 34 anos. Que o verão seja se afogar em dunas. Que eu não pergunte a uma mulher sua idade ou se está grávida. Que eu me lembre do nome de colegas da infância. Que eu me lembre dos finais dos filmes.
Que eu lembre do início dos olhos.
(Fabrício Carpinejar)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

E por que não?


o    céu          era  açucar  luminoso
             comestível
vivos
        cravos tímidos
limões
verdes  frios   

chocolate
.

sou  uma  locomotiva    
cuspindo    violetas


* * * 
REsolveu abrir os braços para O novo!
Onde faria assim e não assado.
Sorriu pra ele. 
E por que não???
Trocaria tudo de lugar... 

Olhou bem nos próprios olhos!
Guardou as instruções do que lhe era atribuído.
E decidiu ficar um pouco mais. 


Decidiu que desta vez, seria diferente!
E ponto Final.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Reticências.

Às vezes os textos ficam presos assim na garganta, no peito, no coração da gente.
E coisas não são ditas, mas é que nem precisam.

E um afago, um carinho, uma presença, uma piada, um silêncio dizem mais.
E a gente sente que o creme novo da pele, o chá verde de madrugada ou o biscoito mais caro da padaria inteira têm -- cada um a seu modo -- o seu significado especial.
E é uma coisa de todo dia.
Não tem floreio, roteiro trabalhado, sinfonia.
É só uma coisa de todo dia.

É a buzina na janela, a pasta e a escova de dentes, a mão um maço de pastas e relatórios, pesada, a doação da coberta na cama ou o colchão perto da tv.
NO segundo encontro, ele assistindo aquele filme lindo, My Blueberry Nights, e eu tentando ficar acordada !!

É a concessão.
É o café da mãe, o Jantar especial na imitação de mesa japonesa,

As brincadeirinhas sem graça -- absolutamente tola e linda.
É passar sei lá quantos minutos rindo não da piada, mas só da risada do outro.
É o brilho no olho, o dormir de cansado, o ronco bem chato, a conchinha ou o abraço quentinho.

Só o abraço quentinho.

É um dia de cada vez, sem solavancos.
E com Solavancos algumas vezes!


Com sabor de café com leite e bolo de laranja mordida.

É que às vezes os textos ficam presos assim na garganta, no peito, no coração da gente.
E coisas não são ditas, mas é que nem precisam.
E não é que seja mágico, estranho ou fora do comum, só que é incrível.
Cotidiano e incrível.

Um dia de cada vez. Agora e por muitos dias na nossa vida.
Amém.

....

Respiro fundo...

Sinto silêncios.

REspiro pelo coração... a vida....
TOdo dia olho pro espelho, e me assusto ainda. Me pergunto.
Me respondo.
Quem diria que a vida seria esta !?!??
Que esta sou eu!!?????

Que esta é a minha vida sem mim...

... hoje eu chorei.

Chorei... porque perdi tudo que tinha... mas estou viva;
Chorei... porque eu sei como é ser sozinha demais, e como sei!!!
Aquela solidão que doe os ossos!!


Eu aprendi muito nova... porque minha infância não foi fácil tambem... e por ser sozinha... eu aprendi a conversar comigo mesma... com Deus... então escrevia.. escrevo.
Porque vivo sozinha... e vc sente que tem tanto tanto a dizer....
... mas não tem ninguém para te ouvir!

Respiro pelo coração!

Hoje eu chorei... de saudade.
De vontade que a vida fosse repleta de seres alados!!!
E que criaturas amadas surgissem!!!

Que Deus perdoasse toda minha ingratidão e tristeza;
... que eu aprendesse a Amar mais.
Todo dia.

Que a vida não se finde!
Que  não estou sozinha!!

QUe o medo não nos paralise.
QUe os sonhos não se abortem!!!!!

Que nossa Fé seja fortalecida.
E a Inconstancia não nos domine...

Esta noite todas as velas da minha casa ... serão acesa com esta oração!
...SHEMÁ YISRAEL, ADONAI ELOHÊNU, ADONAI ECHAD! SHEMÁ YISRAEL, ADONAI ELOHÊNU, ADONAI ECHAD!
...

Esta é uma das maiores orações do povo judeu;
... pros momentos mais dificeis... de medo.
Muitos judeus quando esperavam na fila, dos campos de concentração, balbuciavam esta oração, repetidas vezes.

Eu mesma...
nestes dias...

de susto! de medo!
De dores!

Levo no peito, onde quer que eu vou!!
Como pequena flor que recebeu uma chuva enorme
E se esforça por sustentar o oscilante cristal das gotas
Na seda frágil, e preservar o perfume que aí dorme

E vê passarem as leves borboletas livremente
E ouve cantarem os pássaros acordados sem angústia
E o sol claro do dia às claras estátuas beijando sente

E espera que se desprenda o excessivo, úmido orvalho
Pousado, trêmulo, e sabe que talvez o vento
A libertasse, porém a desprenderia do galho

E nesse temor e esperança aguarda o mistério transida
- Assim repleto de acasos e todo coberto de lágrimas
Há um coração nas lânguidas tardes que envolvem a vida

Sabor de Vento!

Eu ando destilando silêncios... por onde passo.
E descubro todo dia uma cor diferente.. coloco na minha palheta.. faço um esboço .. 

rascunho do que vejo.

Levo comigo.

Convivido com pessoas grandes, aprendido coisas que não se medem. 


DIa destes fui atender o celular numa das salas em reforma aqui, parei frente a janela enorme... 

Reparei nas crianças do Instituto ( prédio ao lado), deficientes visuais, brincando de roda.
E na hortinha deles... Alface, cebolinha, couve.
Desliguei o celular.
REspirei bem fundo!

E me senti pequena! Pequena.
Vi o quanto sou abençoada.. o quanto tenho sido brindada pela vida e o quanto Deus me encontrado!

O quanto Ele tem insistido.

Buscado por novas cores. Pra colorir minhas paisagens.
Palavras amigas, que me cabem feito luva. 


"...
Eu já senti dores bem grandes. Dessas que reduzem todos os outros pensamentos a um grão de areia, restando só a imensidão da dor, como um mar que não parece ter fim.

A primeira dor bem grande foi no ballet.
Na ânsia de querer ser uma grande bailarina aos seis anos de idade me submeti ao esforço de um treinamento rigoroso.

Deitada no colchonete a professora ( Linda Linda - Cris) abriu minhas pernas até o chão pra que eu entendesse o que era “espacate”.

Eu não gritei... porque nesta idade eu era absurdamente tímida ao ponto de não falar.

A segunda grande dor foi a morte da Dona Ana.
Quando você é criança não entende muito bem a palavra morte até que ela leve alguém muito especial embora.
Desenvolvi um MEDO IMENSO de ver meus pais partirem assim.

Eu só entendi o que era morte quando vi ela ali no caixão, com uma tristeza silenciosa no rosto.

... Meu coração se partiu e eu só quis abraçá-la e dizer que não concordava com aquela idéia maluca de enterrar alguém que a gente ama dentro de uma caixa com terra em cima.

Eu queria ter dito que a amava!


Todas as minhas dores foram por amor.
De uma forma que eu ainda desconhecia eu queria estar inteira, mas muitas vezes o mundo não compreende a nossa intensidade.

A natureza das correntes que venho criando se unem para chegar a um único destino: ao profundo Amor, ao Amor espiritual.

Não sei quais palavras poderiam explicar esse estado e não quero simplificar meus sentimentos.
Só sei que o Amor nutre o espírito e alimenta a alma.
O Amor é uma nota musical.
È uma gratidão pela vida que emana do centro de cada indivíduo.
Eu preciso estar acordada, cada vez mais.

Preciso reconhecer as pessoas, as pessoas reais.
Seria uma dor bem grande ver todos adormecidos.
Seria uma dor maior ainda saber que não fiz nada para mudar isso. Esse é o meu esforço, e cada vez mais tenho certeza que é por isso que estou aqui.

E só por isto!

Por mais que eu tenha sonhado , desejado e esperado por todas aquelas coisas que já repeti e repeti aqui.
Tenho hoje a PLENA certeza, que meu ofício é outro.
É um mistério estar aqui.
Não vou reputar por perda todos estes sonhos.
A idéia do meu filho.
O sonho de Princesa... meus laços de fita.


Vou de uma vez por todas,
Seguir.

Prosseguir.
E amar as pessoas.
Cuidando.
Dando de mim!
Exercendo minha generosidade.

Deus me REsponderá!
QUando bem entender!!! rs
E fará o que Bem Lhe parecer!

Deitada na palma TRansparente de Suas mãos!
Desejando APenas Encontrá-lo,
Caminhando.

**


Eu vou parar e refazer o caminho.
Rever meus amigos... abraçar meus pais.
O coração desesperado.. eu vou silenciar.


Vou pedir com jeitinho para que ele se acalme. 
E só respire...


Esquecer de tudo! 



terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Lya Luft!

Não digam que isso passa,
não digam que a vida continua,
e que o tempo ajuda,
que afinal tenho filhos e amigos
e um trabalho a fazer.
Não me consolem dizendo que ele morreu cedo 
Mas morreu bem ( que não quereria uma morte como essa?)

Não me digam que tenho livros a escrever
e viagens a realizar.
Não digam nada.

Vejo bem que o sol continua nascendo
nesta cidade de Porto Alegre
onde vim lamber minha ferida escancarada.

Mas não me consolem:
da minha dor, sei eu.



O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.



********************
Desandou a Chover. 
Da janela da minha sala eu tenho uma pitangueira.
Uma Pitangueira Linda...


Passarinho e mais passarinho. 
Tomando chuva nos galhos da árvore. 


Coração dolorido! 
Fé!
Que tudo se ajeitará.. que todas as coisas passarão... 
Que estarei bem!
Amem