as nuvens escuras do céu
longe bem longe brilha a enigmática estrela
não podem os andarilhos ver o seu rosto
apenas a sensação de que são guiados
por algo bom e pacífico
eu também, andarilho das areias,
tenho uma estrela que não posso ver
ela guia o meu coração
para um diferente amanhecer
onde as palmeiras guardam
água a rebrilhar nos cântaros
os seus lábios serão de tâmaras?
de açucena, os cabelos?
os olhos, a calma das searas?
estrela vespertina, onde está?
preciso de um repouso na jornada
uma tenda a me proteger do fogo do céu
venha traga-me a paz
eu prometo:
nem o deserto em brasas será maior
do que a gratidão destes olhos tristes
eu a amarei
com a força das tempestades noturnas
eu a amarei
com a delicadeza da brisa nos lírios
eu a amarei
como a verdade do trigo
que surge nas bordas da pedra
eu a amarei
como a beleza de um campo
desvendado na aurora que nasce
venha, que eu a amarei
com a sabedoria dos que perderam
e tornaram a encontrar!
....
Lindo... de um poeta dos meus... Ailton...
Amém!
Um comentário:
Olá :)
Obrigada por lembrar do meu blog :)
Visitei o blog que me indicou ^^
Beijokas =*
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