sábado, 6 de fevereiro de 2010

Escassez

Foi então que percebi...
... como andava cansada a minha poesia.
Foi quando começou ventar por dentro...
só então pude ver... COmo andava Árido o meu texto.
Exaurido.

REpetia mil vezes a mesma música, lia o mesmo livro.
Assistia de novo o mesmo filme.
ESta manhã eu quis levantar bem cedo... queria beber cada minuto deste dia.
... que claro Nasceu Todo Azul só pra mim!
Encontraria a amiga para o café na padaria.

Fui ao jardim, falei bom dia.... fazia algum tempo já, evitava ficar muito ali.
Vou abrindo todas as janelas... E deixo a porta aberta.
SUbo as escadas... fico olhando a cama... as listras na parede.
Ahh enjoada desta roupa de cama... pronto... decido...
TRavesseiros novos, lençol, fronha e edredon... é isto.
Levo minha mãe comigo...
VOlto pra casa feliz.

De poder presentear quem amo.. De cuidar das coisas dele... de cuidar da casa.
Eu nasci com esta Síndrome de Cinderella mesmo.
Isto é uma coisa minha.
E assim vou distraindo. Vai correndo o tempo.
Eu ando pela casa.
EStico o corpo na cama de roupa nova... fecho os olhos..
E fico deslizando os pés... enquanto penso em nada!
* * * *

Um comentário:

Alê Ferraz disse...

Síndrome de Cinderela poetisa.

Ainda bem. Ainda bem que posso ler você. E acompanhá-la com as minhas palavras - e com o meu cansaço até.

Ando assim mesmo, Gabi. Lua minguante minguando. Sedenta também, de lua nova, de dias novos, de emoções novas. Memória é uma bagagem que pesa muito. Às vezes, quero sair só com a roupa do corpo. Muda. Surda. Sem hora pra voltar. Sem lugar em mim.

Ainda bem que existem os dias seguintes. Ainda bem que no caminho, posso ler você.

Beijo enooooorme!