quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Encontros e Despedidas!

Quem poderia dizer com precisão métrica o caminho do vento quando faz a curva ????

Quanta vida restará ser vivida???? Que haverá encontros no caminho??
Ou quantas despedidas ????

Ninguém.
A verdade é que fomos movidos por fé!
Que vez ou outra nos perdemos no caminho, nos perdemos dos que amamos... nos perdemos até de nós mesmos.

Eu mesma já me despedi tantas vezes. Já reputei tantas perdas.

Fui deixando partes de mim!!!
E arrastando tudo isto comigo... em mim.
Como marcas no corpo, cicatrizes, tatuagem. Qualquer coisa assim.
Eu sou assim.
Não esqueço !

E preciso dizer, My Dear Firefly, quando disse que não perdoava, que era mentira!!!
Eu menti!!!

EU só Precisava te Deixar Ir!!!
EU precisava Dizer aquilo.

VErdade eu estava magoada. Muito.
Com a vida. Com tudo que doía em mim.. e naqueles dias eu era só dor.
Magoada de tantas ausências.

Eu desejava uma vida Simples.
Um COnto de Fada Imediato. Rápido.
Quando me dei conta... que Ninguém me Salvaria.
QUe não Existiria mesmo Ninguém que Pararia o mundo naquele Instante, só pra me ver passar.

Então, embora eu realmente não quisesse, precisava viver. A Vida me forçava Garganta abaixo Vida!!!
Sem explicações! Porque eu não ajudei muito ( você sabe, o quanto sou autodestrutiva!!)

FOi mais uma vez a minha Fé!
E acredito que também a Sua!!!! que sempre está comigo!!
Que me susteve.

E Segui.

Eu sempre soube que estava corretao a forma como fiz.
Que a vida era esta! E que exatamente Assim deveria Ser!

SE soubesse como me alegrou o coração ter notícias. Só de saber que ainda é amigo e está por perto.
Mesmo longe.
Que está tão bem! E feliz!

EU tinha  outras coisas para escrever aqui hoje.
Mas quando vi seu recado...o texto começou de uma forma.. e foi criando corpo. Este corpo.
* * * * *
Me arde uma alegria, que não aceita ser felicidade, porque a felicidade é uma palavra muito longa e a alegria tem pressa.
Uma alegria de deitar na grama e sentir que está molhada e não me importar com a roupa orvalhada e não se importar com a hora e com os modos, uma alegria que é inocência, mas sem culpa para acabá-la. 
Uma alegria que é descobrir os objetos no escuro.
 Uma alegria repentina, que me faz entortar o rosto para rir, que não me faz pôr a mão na boca com medo dos dentes, que me impede de me proteger. 


Uma alegria como um tapete que fica somente curtido no centro. 
Uma alegria de ficar com pena dos anjos e de suas asas pesadas como duas montanhas nas costas, suas asas como dois irmãos brigando em dia de chuva. 


Uma alegria de perceber que quanto mais gasto o tempo com os outros mais sobra para mim. 
Uma alegria que não volta para a estante porque não saiu de nenhum livro lido. Uma alegria que se antecipa e faz sala ao quarto.
 E quase me faz acreditar que sou possível


Não é preciso ter razão para cantar. 
Para dar ao corpo uma manhã mais tarde, uma noite mais úmida. 


Para decorar a letra tremida da carne. 
Então EU CANTO!!! 


CAnto e SOrrio como quem muito tem chorado.. como quem escuta uma música ao longe...
Como quem espera um belo príncipe encantado!


Canto como uma telha solta do telhado, para Me confessar de alegria.
 Canto para não dizer tudo o que resta a dizer. 


Para não ser dito o que não cabe, para que sejam lidas as entrelinhas. 
Canto para confundir o pão e os insetos, as mãos e os seios, os joelhos e ladeira da chuva. Canto para não dormir durante a leitura. 


Para Me privar do invisível. 


Canto para não assentar o fundo, para retardar o caminho de regresso.

Canto para amar o que ainda nem nasceu, para interromper uma recordação triste. 


Canto ainda que sem voz afinada, sem apetite.
 Canto como uma poeira luminosa que sobe dos tapetes e que só é vista na infância ou quando se canta. 


Canto com o relógio de árvore. 
Com as ervas mastigadas pelas águas, pela extensão dos cabelos.
 Canto pelo silêncio crespo do vinho, pelo vitral que há no vinho.


 Canto pelas pedras onduladas das lâmpadas, para me apoiar na velhice das escadas. 


Canto para ultrapassar a mágoa, para não ter motivos. 


Canto para embaralhar a confiança e a carícia, desobedecer o ventre, injuriar com um beijo. 
Canto para arrumar os ombros, ajeitar a gola, subir na grama. 
Canto para alimentar o que não é letra. 
Para ME despedir do começo.

Canto para viver no mesmo dia dos lábios. Pela falta de equilíbrio dos segredos. 
Canto para persistir quando era o momento de se apagar. 
Canto para convencer o passado que ele ainda não imaginou o suficiente. 
Canto para respirar mesmo sem ar.


Simples Assim! 
Ainda de pé! 
CAntando!

3 comentários:

Anônimo disse...

Eita blog que passa uma energia boa =)
Obrigada pela visita em meu blog...
Vc foi a 100ª seguidora! rs
Esto te seguindo tb ;)
Beijones :*

Eduardo Augusto disse...

Poderia dizer que voltei, mas como poderia voltar de um lugar onde eu nunca sai.
Distância existe para os mortais para o corpo. No dicionários das almas essa palavra não existe, então não estamos longe, por isso não saimos nem voltamos de lugar algum.
Estamos e continuaremos sempre lado a lado.

Bjs

Eduardo Augusto disse...

Criei um blog com uns amigos. Dá uma passada lá, me diz o que você acha...
Nós iremos falar de uma maneira divertida, honesta e um pouco radical sobre o universo feminino do ponto de vista masculino.

www.mulherespeitosebundas.blogspot.com