Pouco adiantou...
sua pressa e ansiedade.
O tempo corria manso, indiferente a sua urgência.
Indiferente a toda ela...
Espaços Vazios.
Universos se perdiam dentro dela. Parada ali.
E aquela calma como a vida escorria fora dela, só lhe causava mais pressa.
Descompasso dela.
FOi quando parou de repente frente ao espelho de seu quarto; indecisa ainda quanto ao que vestir.
E percebeu.
Seu rosto. Seus olhos.
Aquele olhar ainda estava lá!
Encarava a si própria como se não fosse capaz de reconhecer!
Como se desafiando um oponente para um duelo.
_Quando foi que a paciência , sempre virtude dela, a abandonara??
Para onde foi??
O coração como senão mais pertencesse aquele peito.
Parou !
COmo o beijo de uma onda,
Fino , frio e ainda SOlene. SEntindo , como sentia.
Parada ALi.
Ante a janela aberta,
que alguma coisa de terrível ia acontecer.
Olhando para as flores,
para os troncos de onde se desprendia névoa.
Parada e olhando.
NOs olhos dos passantes,
na sua própria pressa,
no seu andar
na sua demora.
No burburinho e vozaria.
Carros, autos, ônibus, caminhões, homens, mulheres.
REalejos!!
Na glória e no rumor.
No estranho aerocanto de algum avião sobre a sua cabeça; Estava
isto que ela Amava:: A VIda!
Aquele momento de Julho!
Ela própria amando como amava aquilo tudo com uma absurda e religiosa paixão.
Parte que era daquele mundo, tão distante do seu.
Das ruas que amou.
TInha a esquisita sensação de estar invisível;
Despercebida, desconhecida.
_Podia ser Amor! ELa ainda podia SEr!
SOrriu por dentro.
SE recompôs!
Avançou rápido como de costume, ALta, Muito direita.
POstura perfeita.
Por toda parte Flores.
Sorriu flores aquela tarde.
E avançou!
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