terça-feira, 26 de janeiro de 2010

HopEs and FEars



E a sala tinha suas paixões e invejas e raivas e mágoas
a sobrepujá-la e encobri-la, como um ser humano [...]
Seu modo mais profundo de ser é que se queria captar
e converter em palavras, o modo que para o espírito
é o que é a respiração para o corpo, o que se chama
de felicidade ou infelicidade.

Horrível, pensava,nas profundezas dessa floresta cheia de folhas, a alma; nunca estar inteiramente alegre, nem inteiramente segura, pois a qualquer momento o vento podia estar movendo-se; 

Medo que, especialmente depois da sua doença, fazia-lhe sentir um doloroso arrepio na espinha; causava-lhe uma dor física, 
Todo o prazer da beleza, da amizade, do bem-estar, de sentir-se amada, de tornar a casa deliciosamente acolhedora, tudo vacilava e pendia, como se na verdade houvesse um monstro a roer as raízes, como se toda a panóplia do contentamento não fosse mais que amor-próprio! e aquele medo!

e todo mundo sabe. Se alguém pudesse me salvar, teria
sido você. Perdi tudo, menos a certeza da sua bondade.
Não posso mais continuar estragando sua vida. Não creio
que duas pessoas tenham sido mais felizes do que nós fomos.

Quando finalmente eu criei coragem e desfiz aquele laço de fita.
Rompi o último detalhe daquilo que era.
Não olhei pra trás.


REspirei bem fundo, e abri as mãos ao vento. 
Já dando de costas para que não precisasse ver para onde ia.
Ficava o perfume de angélicas.
E de Jasmim!


Um comentário:

Dra. Tormenta disse...

a floresta... a solidão...
Prima... assista "Onde vivem os monstros"