quinta-feira, 20 de maio de 2010

a coLher Lavandas...

Descobria o quanto era forte sem querer...
... quando a vida lhe enfrentava... era obrigada se levantar ... não por maldade... mas porque Era preciso que se posicionasse.. pelo que era justo...


Ficava o tempo inteiro procurando , olhando atentamente os retratos, aqui e ali... tentando encontrar algum detalhe... qualquer vestígio ou lembrança....
... que lhe atenuasse a saudade da saudade que sentia.
Andava assim, um tanto confusa. Escrevia, rabiscava, escrevia por cima... tentava encontrar sentido nas suas linhas.. mas era tudo tão...
... insuficiente.


As palavras da amiga eram firmes... duras mas afetuosas. Sabia que havia verdade ali.
Que ela lhe desejava bem... e sempre soube valorizar verdades de metal...
... feito estas.


Exigimos mais de quem amamos. Sabia disto.


De uns tempos pra cá seus dias eram assim... resumidos... cansados.... 
Parecia que faltava viço.
E
ela queria vida! Queria mais do que qualquer coisa .. viver.
Sonhava escondida... baixinho...
... guardava o sonho pra aquelas horas de escuro , para minutos inteiros... completamente só.


COmo era grande o anseio de ser...
... como desejava  ,
se perder em campos brancos...
ENquanto girava e girava... com disciplina de metal... sonhava...


Queria aprender COlher Lavandas...
... quem dera...
Tivesse leveza tanta... e delicadeza tal.. ..
a Prima, que
de encantos e fugas... habitava entre aromas e canteiros.
E vivia o conto do conto.




ELa nunca soube!!!
SEntia que era mesmo diferente, e era Toda FEita de METAL.


Armadura, couraça, emblema... Imortal enquanto lutava...
.. lutava desde que nasceu.


E suas mãos eram pequeninas feito botão de flor, mas o toque lhe denunciava a identidade de Metal.


MAs Sonhava , e o sonho era sempre o mesmo , era sempre este... de sutilezas e encantos... com flores na Janela... 
.. e escadas divididas em dois lances...
Era a valsa da caixinha de música que ganhara de sua mãe aos 6 anos de idade....


Ela não! ELa não era isto. 
Era fortaleza branca...


Era o Mar quebrando na praia....
... com pressa... com ardência...


Era a chuva forte batendo no vidro da janela...
Insistindo até que se fizesse garoa... mas ainda era ela.
Ariana, insistindo.


ERa o VEnto forte,
TAngendo folhas...
...e embaraçando varais.


... ERa o vento forte contra nuvens... relampejava ela... Trovejava ela...


2 comentários:

Dra. Tormenta disse...

vamos... vamos colher lavandas e dançar a valsa de Amelie... e sonhar outra vez....

Anônimo disse...

Oi flor!!!!!
Pode sim ^^
bjs =**