terça-feira, 2 de novembro de 2010

Je PaRs. Je ne RevienDrai jamais!

É que algumas vezes algo lhe aferrecia o peito... e observava cada uma de suas promessas se desfazerem dentro dele...
Não existia o amor.. não pra ele... jamais existiria... vida semelhante aquela que viu desaparecer por completo... num único instante.. assim... naquele único golpe.

O menino corria pra janela, pra ver se encontrava qualquer coisa que lhe roubasse a atenção. Era muito bom em fugas deste tipo...
"Evitar era melhor".. pensava....

Mas em dias feito aqueles que vivia... num momento deste.. onde o coração não sabia mais a batida exata... o tom correto.. nada disto... 

Só servia pra encher de dúvida... 

E se a vida não fosse mais nada além disto??
E se estivesse completamente perdido .. já que completamente sozinho... ele insistia em viver????
Ainda valia a pena , esquecer do amor.. esquecer do tempo... viver só e assim????
E esta angústia no peito???
...
E este vazio na alma????
...
E será que existe alma????
...

Quando percebeu era tão avançada a hora, que a rua inteira se escondeu... era só o vento lá fora...
era só a sua janela aberta.... 

Não! Não queria admitir que ao fechar os olhos sonhava com um beijo de cinema...cena final de romance.
Onde já se viu!!???
Não no seu peito... não no seu coração... Não, porque quem muito amou também muito sofreu... 

Afastava!
Já tinha decidido... estava feito!

Caminhava de um lado pro outro do quarto apertado justificando a vida que vivia e viveria por decreto seu!

Era quase um capricho! Uma birra, feito criança esperneando braços e pernas.
... Mas em noites feito aquelas... onde jurava era capaz de ouvir o próprio descompasso... e sentia o imenso desperdício de seus dias...

Quando parava frente ao espelho e olhava bem aquele rosto frio apoderado dele... lhe faltava o ar.

Perdia os olhos na janela.... perdia a vida nas horas que arrastava...
CAnsado e tão entristecido... lembrou do dia em que pegou suas coisas, as pressas, e deixou sua casa... despediu de sua mãe!
Quando chegou naquela nova cidade .... de paisagem dura... feita de ferro... Quando começou a viver todos estes decretos seus.

E sem perceber... também sem censurar .... desejou largar tudo.... e voltar!
Desejou que o vento o levasse de volta!

Desejou que tudo fosse simples.. e como antes.... E se ele tivesse, todas estas coisas que temia????


3 comentários:

Roberta Mendes disse...

O problema é que a gente retorna, mas não volta. Lá vamos nós acrescidos da própria experiência do ter deixado pra trás, modificados em nosso desejo, que antes era de ir, agora era de voltar. Repisar os passos numa confusão de pistas para o anjo que nos vem ao encalço. Onde nos encontra é sempre oco à moda dos oratórios.

Ju Fuzetto disse...

Talvez o jeito simples de viver ainda gastando as horas com as borboletas pousadas em seu estomâgo, seria correr atrás do oco do peito que segura nas mãos vazias. E o medo impulsionava as angustias pra longe dele.


Lindo demais. Amei esse cantinho!!

beijocas. bom final de semana

Marília Gabriela disse...

Que Lindas ,
estas respostas e justificativas ...

Pro menino que se foi , determinado , decidido ...

Lindas Pérolas!!!

Beijo grande com TErnura

PS:: já li o comentário de vcs umas 30 vezes...

Lendo as entrelinhas,procurando sinais!

Obrigada! Pelas palavras!