terça-feira, 17 de agosto de 2010

o caminho dela...

Ela é mais que um sorriso tímido de canto de boca, dos que você sabe que ela soube o que você quis dizer. Ela fala com o coração e sabe que o amor, não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive!

Tinha algo sobre ela que parecia um segredo....
.... um segredo daqueles que se confidencia apenas pro diário .... que distraído quase sem querer , rabisca entre folhas... assim sem perceber...
Sem dar conta de.

Ela era deste jeito.. um segredo.  Delicado, escondido.
Queria escrever de outra coisa, contar de outro tempo, voltar lá atrás... pra dizer...  
Dizer como ela se fez vento. .. ....
.... É que algumas vezes as palavras ficam presas na garganta..
Era um  momento daqueles , onde era só estrada pela frente... mato verde dos lados... nenhuma flor amarela...
nenhuma flor nos cabelos...
Era só a poeira que arrastava.. assim que passava...
Era o caminho diante dela... aberto... vazio...
.... os cachos do cabelo dançando com pressa ... ela ali parada...
** ****
Fiquei caçando palavras . 
Para falar desta manhã . 
Do céu dela, do sol, enfim. 

Coisa que faço sempre. 
Coisa minha. 

E enquanto corria ali. Naquele parque. 
Tanta gente indo e vindo. 

Foi imposssível não ouvir a conversa das duas senhoras contando calorias da fatia do pão. 

A outra no celular mandando depositar um cheque. 
Outras falando da última noite de sábado. 

Um grupo de senhores reencontrando amigos e caminhando jogando conversa fora. 
Mais um tanto de babás todas de branco. 
E o choro do bebê no carrinho. 

A vida é mesmo muito urgente. 
Não importa o caminho. 

Fiquei me sentindo um tanto deslocada. 
Acostumei com o silêncios das minhas ruas e avenidas. 
E a andar sozinha. 

Claro enchi os olhos. 
Alimentei minha alma. 
De sol! 
De árvores floridas. 
Do barulho que o vento faz quando passa ali. 

Quando passa por mim. 

O dia nasceu ensolarado. 

nalgum lugar em que eu nunca estive, 
alegremente além 
de qualquer experiência, 

Nos olhos têm o meu silêncio: 
no meu gesto mais frágil há coisas que me encerram, 
ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto 

Meu mais ligeiro olhar facilmente te descerra 
embora eu tenha me fechado como dedos, 

nalgum lugar 
me abres sempre pétala por pétala como a Primavera abre 
(tocando sutilmente,misteriosamente)a sua primeira rosa 

ou se quiseres me ver fechado,eu e 
minha vida nos fecharemos belamente,de repente, 
assim como o coração desta flor imagina 
a neve cuidadosamente descendo em toda a parte; 

nada que eu possa perceber neste universo iguala! 

Minha imensa fragilidade:cuja textura 
compele-me com a cor de continentes, 
restituindo a morte e o sempre cada vez que respira 

(não sei dizer o que há em ti que fecha 
e abre; 
só uma parte de mim compreende que a 
voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas) 

Ninguém, nem mesmo a chuva,tem mãos tão pequenas 

Um comentário:

lídia martins disse...

Não fica triste com o Monstro de Chocolate.

A culpa não foi dele que eu tenha escurecido.

Foi minha

Por exigir o que ele não podia me dar.



Te abraço com amor.